segunda-feira, outubro 6

A Deusa do Outono

Amarrámos um ramo de flores brancas,
Entrelacámos uma grinalda de sephali:
Enchemos a bandeja com espigas de ceral novo.
Vem, deusa do Outono, na
Carruagem da nuvem branca,
Vem pela larga estrada azul,
Pelas colinas verdes recém-lavadas
Brilhando ao sol.
Vem com o nenúfar branco salpicado
De gotas frias de orvalho na corola.
Na tranquila alameda na margem do Ganges
O cisne está à espera de abrir
As asas aos teus pés.
Toca suavemente a tua harpa de ouro, e as alegres notas
Misturar-se-ão com uma leve tristeza;
Toma a mágica jóia dos teus cabelos
E toca os nossos pensamentos,
E todas as preocupações transformar-se-ão em ouro,
E a escuridão tornar-se-á luz!



Rabindranath Tagore, Poemas
in Poemário, Assírio & Alvim

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