quarta-feira, agosto 3

Santana, sempre (e confidências de uma geração)



Vídeo de João José Martins Tavares

João José Martins Tavares
João José Martins Tavares

domingo, abril 3

TU VOZ, Moises Cardenas


TU VOZ
En la noche sentí tu voz
y en mis manos invoqué tu nombre
con pasión.
Te busqué entre el sueño
para invitarte a danzar en el jardín
y explorar tu cuerpo
como un arqueólogo nocturno.



Foto de Moises Cardenas.



Mena Barata 

Sou terra muito cansada, exausta 
não, não me acordes os sonhos
planta-me somente os dias com as tuas palavras
e ela acordará vivendo como um pinheiro eterno




Não, não me acordes os sonhos
planta-me somente os dias com as tuas palavras
e ela acordará vivendo como um pinheiro eterno


Moises Cardenas
El poema es ser viviente, Péndulo encendido, Llamarada inmortal, Reino de sol. Donde duermen las piedras Después de un jardín podado




Parou a chuva e o Céu silenciou o seu chorar.
Agora oiço apenas os passos da noite que comigo vem mergulhar.
Escuto o pulsar do coração e, nos olhos, há o brilho das estrelas sós que não temo.
Não, nunca serei poetisa, sufocam-me as mãos quando soletro compassadamente as palavras.
Deixo-me finalmente enterrar viva na escuridão. E sei que os meus deuses vivem eternamente.

terça-feira, março 8

As mulheres nos Museus Nacionais Portugueses: Maria Alice Beaumont




Hoje dedicar-me-ei a Maria Alice Beaumont, como uma das mais influentes directoras de Museu, pelo papel que desempenhou na divulgação de colecções nacionais, nomeadamente do Museu que dirigiu, o Museu Nacional de Arte Antiga ou "Das Janelas Verdes".


Deixo aqui a recomendação para a leitura de dois livros seus:



«As Cinquenta Melhores Obras de Arte em Museus Portugueses», 1991
e

«O Sistema Museológico Português (1833-1991): Em Direcção a um Novo Modelo Teórico para o seu Estudo», 2005.


Para o João Brigola, hoje, o meu olá e desejo de boa sorte.

Que integre no seu desempenho o legado de outras tantas mulheres, como por exemplo o de Madalena Brás Teixeira, no Museu do Traje, ou Irisalva Moita, no Museu da Cidade de Lisboa.
Ele sabe porquê!

sexta-feira, janeiro 15

A propósito dos Reis Magos

Não, não são reis, mas Magos. Os detentores do Saber. Os Adivinhos.




A designação “Mago” era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos, embora a palavra também fosse usada para designar os astrólogos. 



Assim poderão ser sábios astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os caldeus, os persas ou medos.

Só muito posteriormente, a Igreja lhes atribuiu a designação “Reis”, em virtude da interpretação do Salmo 71,10.

Quanto ao número e nomes dos Reis Magos são apenas suposições sem confirmação histórica, sendo a sua atribuição posterior aos Evangelhos: Baltasar, Gaspar e Belchior (ou Melchior).

Belchior (ou Melchior) seria o representante da raça branca (europeia) e descenderia de Jafé; Gaspar representaria a raça amarela (asiática) e seria descendente de Sem; por sua vez, Baltasar representaria a raça negra e descenderia de Cam, embora, ao que parece, esta ideia apenas tenha surgido no século XVI.

Estariam assim representadas todas as raças bíblicas e as únicas conhecidas na altura: os semitas, os jafetitas e camitas.

Pode então dizer-se que a adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus simboliza a homenagem de todos os homens na Terra ao Rei dos reis, curvando-se perante Cristo com a sua divina realeza.

Em termos simbólicos, há quem defenda que a imagem dos Reis Magos simboliza que os os poderosos e abastados devem curvar-se perante os humildes, despojando-se dos seus bens e colocando-os aos pés dos demais seres humanos, ou seja, devem partilhar a sua fortuna com os mais pobres.

O Dia de Reis celebra-se a 6 de Janeiro, partindo-se do princípio que foi neste dia que os Reis Magos chegaram finalmente ao Menino Jesus, motivo porque, em alguns países, é no dia 6 de Janeiro que se entregam os presentes.

Os presentes dos Magos, que nunca as Sagradas Escrituras dizem que eram apenas três, foram ouro, incenso e mirra.
Obviamente esses presentes têm imensos conotações simbólicas.

Diz Mateus 2:11 "E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra".

O Ouro simbolizava a perfeição divina e dignidade real, portanto, é natural que o Envangelho se lhe refira como tratando-se de Jesus, o Rei dos judeus.

Mas em Alquimia, atingir o Ouro é chegar à perfeição individual. Um longo caminho até o alcançar.

Incenso era um perfume, usado nas cerimónias purificadoras.

Mirra, a a erva amarga, remete-nos aos sofrimentos e amarguras que Jesus iria sofrer e que o Homem em geral tem que ultrapassar.

Presenteando o que consideravam ser Filho de Deus vindo ao mundo, os sábios do oriente reconheciam em Jesus a Divindade eo Rei, mas destinado a sofrer para atingir a perfeição e com ela contagiar os restantes humanos. Ou seja a ter uma caminho inciciático.

A Estrela, essa Estrela d'Alva, é a LUZ que nos guia.

terça-feira, janeiro 5

Bom 2016



pode haver chuva, vento, frio ou tempestade ...
não podes fugir-lhes, mas apenas aprender a atravessar o vento
e continuar a caminhada!