sexta-feira, dezembro 28

cada dia seu dia




se cada dia pudesssemos renascer
queria poder viver tudo de novo, mas com os olhos com capacidade de ver melhor


Diria que Dezembro seria o último mês de um certo Luar ...

quinta-feira, dezembro 13

Os caminhos de Roma















A rede viária permitia que a capital da Lusitânia estivesse perto ....




Ainda assim é nos nossos dias: há caminhos desses que ainda se cruzam para ouvir falar do mundo urbano. Das ciuitas que estão na origem de grande parte das nossas cidades e suas centralidades.
O Museu de Mérida está de novo de parabéns.

Dos Remédios ao convento

"para grandes males, grandes remédios", diz o ditado

O problema, às vezes, é saber localizar o mal ...
pois sem isso não há antídoto possível.

Em Évora, o Convento dos Remédios, promissora recuperação de um espaço às portas da cidade, era a esperança que tínhamos de uma boa programação municipal.

No corrente ano vi lá algumas boas exposições, é um facto, mas o que fará com que um cidadão de Évora no seu matinal Domingo seja confrontado com o espaço de exposições fechado?

A crise é grande, bem o sei, as dificuldades financeiras espreitam todas as instituições ....

Mas valerá a pena pensar nos remédios para os males!
Ou nos males de que padecemos que fazem com que as instituições não consigam encontar soluções para a abertura dos espaços públicos, pois sem eles, cada dia, vamos entristecendo um pouco.

segunda-feira, novembro 19

Há lugares que continuam quase perfeitos ........


Os jardins da Gulbenkian continuam a ser um lugar que nos faz sentir bem. ........
Quem dera a Lisboa e muitas outras capitais que houvesse mais espaços assim!

sexta-feira, novembro 16

Doll's Head in Water

Quando se é arrastada para o teatro




Os filhos são, sem dúvida, grandes veículos de crescimento dos pais!


A propósito de uma actividade desenvolvida de expressão dramática da minha filha, foi ela aprender o que é um teatro. E, na continuação dessa aprendizagem, "exigiu" ver a peça, tendo-me conduzido literalmente ao teatro.


Agradável esta sensação de, devagar, ser ela a pedir que a acompanhe e não ser eu a arrastá-la.

domingo, novembro 11

Hoje na Arena de Évora


E mais espectáculos se seguirão todos os Domingos, na Arena de Évora, para filhos e pais.

quarta-feira, novembro 7

O Fado Operário no Alentejo


Cada sítio tem o seu tango ... e o seu fado!

«Os poemas epicos escrevem-se para celebrar heroes; os fados para archivar as alegrias e os desalentos do povo» Luis Augusto Palmeirim, cit. in «O Fado Operário no Alentejo».

Mas para conhecer melhor este fado « (...) pela via do Fado que a décima alcançara o Alentejo», leia e oiça os CD (s) editados com o livro O Fado Operário no Alentejo - Séculos XIX e XX.

terça-feira, outubro 30

Todos os dias um novo caminho a percorrer

Decidi mudar de casa. De um bairro simpático, com muitas crianças e espaço aberto, para o "Centro Histórico".
Não que as condições sejam melhores: a casa é até bem mais pequena, mas porque, mesmo para as mães, a vida afinal também existe fora das horas de trabalho.
Há um café para tomar; uma rua nova para conhecer; um espectáculo que sempre pode acontecer (se bem que em Évora infelizmente vão rareando); uns restaurantes para experimentar e montras para ver.
Deixo de ter o mercado do meu bairro; o restaurante dos peticos que já tantas vezes frequentei; os bailes da periferia. E fica a minha filha triste, porque não poderá tanto andar de casa em casa a reunir os amigos.
Mas poderá, poderei, sempre revisitá-los!
E, nos bairros, por muito que os risos dos miúdos nos animem no Verão, quando chega ao Inverno, ficamos demasiado entregues aos nossos silêncios.
Afinal cada dia nos traz novos caminhos para percorrer; novos desafios, novas "cruzes" para carregar. Escolhas para fazer.
Mas mudar de casa é também como arrumá-la, arrumando-nos também um pouco. Separando o essencial que temos que transportar connosco do que afinal tão bem se pode dispensar.

sábado, outubro 27

Há pessoas que não podiam morrer ... e não morrem afinal

Quando se redescobre um(a) escritor(a) de que tenhamos gostado, não o largamos durante tempo indeterminável.
E se esse (a) escritor(a) fôr simultaneamente um pensador(a) com que nos identificamos, a questão torna-se mais complexa, porque as suas palavras nos assaltam os dias.
Assim é comigo, quando releio a Natália Correia, sabedora como ningém da arte das palavras e mulher que foi sem medo dos gestos; possante de alma e do corpo de que nunca se envergonhou.
Há pessoas assim ... que não deviam morrer, para nos encherem as horas da surpresa que a inteligência e o humor conciliados conseguem trazer aos dias.
Na terra, quis Deus que assim se semeassem poucos, porque não aguentariam quase todos suportar tanta turbulência.
E mesmo assim deu-lhes o Divino, como aos outros mortais, a morte, não fosse o perigo de a vida perpétua na terra não aguentar tanta provocação.
Mas quem sabe, no Céu, os seres, mais depurados da mediocridade a que o dia a dia nos acaba por reduzir, a tenham acolhido para a Eternidade.

Assim citarei:

(...)
os intelectuais são uma chatice, com que o Criador não contava;
sendo a educação a providência dos imbecis que são em maior número, o mundo está imbelicizado pela educação;
o sistema é a creche da debilidade mental e a vala comum da inteligência;
a economia é adquirir-se o vício do fumo porque se comprou um isqueiro;
dos vencidos não reza a história porque se renderam à razão;

para concluir que:
chegou a hora romântica dos deuses nos pedirem a desobediência. Faço-lhes a vontade. A partir de hoje, se alguém me quiser encontrar, peocure-me entre o riso e a paixão».

Natália Correia, A ilha de Circe.

segunda-feira, setembro 24

As Mulheres e o Poder

De facto é bem verdade ... às mulheres, poucas ainda, em Portugal, em lugares de decisão governamental, como aliás parece ser o caso em toda a Europa, exige-se mais!

Exige-se porque são mulheres ... e isso é condição suficiente para ter que estar a provar constantemente que se é tanto, ou mais, competente dos que os homens!

Por natureza, a eles cabe o poder .... não se questiona sequer! E a elas? Quando se olhará de forma verdadeiramente igual?

E ainda mais quando, no olhar, têm a força do querer!

Pois, eu gosto da minha Ministra e, ainda por cima, é MULHER!

sexta-feira, agosto 3

«Intimidades» para a "Cidade das Mulheres"


Para ti Cris, um livro que bem caberá na tua Cidade.

E que belos contos são alguns desta colectânea.
Mas, para mim, hoje, ficaria com o conto da Inês Pedrosa.