quarta-feira, outubro 22

Parabéns: A Câmara Municipal de Arraiolos promove um concurso de ideias para reabilitação do seu Castelo

• Informação obtida a partir de: Wikipédia, a enciclopédia livre.
• Castelo de Arraiolos (IPA/DGEMN)
• IPPAR/IGESPAR - Património

O Castelo de Arraiolos, é um imóvel classificado como Monumento Nacional desde 1910 ((DL 16-06-1910 de 23 de Junho) e é também conhecido como Paço dos Alcaides.
Localiza-se na vila, Freguesia e Concelho de Arraiolos, no Distrito de Évora.
Erguido no topo de um monte com forma de cone regular e de encostas suaves, também conhecido por Monte de São Pedro, domina toda a envolvente.
A ocupação do local é conhecida desde a Pré-História, tendo sido encontrados alguns percutores de quartzo e um machado de cobre, sendo também confirmada arqueologicamente uma ocupação proto-histórica.

Castelo de Arraiolos, fotografia Wikipédia







O castelo medieval

O castelo de Arraiolos foi mandado edificar pelo rei D. Dinis, no início do século XIV, existindo um documento que nomeia o mestre João Simão, possível arquitecto do monumento. Mas já em 1217, quando D. Afonso II faz a doação da Herdade de Arraiolos ao primeiro bispo de Évora após a Reconquista, D. Soeiro, é referida a autorização régia para que aí se erga um castelo, no local onde existia um castro proto-histórico (confirmado por vestígios arqueológicos).
A fortificação deste local remonta à doação da chamada herdade de Arraiolos feita por D. Afonso II (1211-1223) a D. Soeiro, bispo de Évora com a permissão para que nela se erguesse um castelo (1217).
Com o adensamento do povoamento, uma nova determinação para o levantamento de uma defesa remonta a um contrato, firmado entre o rei D. Dinis (1279-1325), o Alcaide, os Juízes e o Concelho da Vila de Arraiolos (!305), que estipulava a obrigação de levantar, em torno da povoação, "207 braças de muro, de três braças de alto e uma braça de largo; e a fazer no dito muro dous portaes dárco com suas portas, e com dous cubellos quadrados em cada uma porta" (informação obtida a partir de IPPAR e Wikipédia)
Essas obras foram iniciadas em 1306. Em 1310, ano em que o soberano confirmou a Carta de Foral, (...) a obra estava pronta de pedra e cal e em boa defesa, edificada num monte de configuração cónica, elevado sobre todos os vizinhos e pitorescamente coroado, no vértice, pela antiquíssima Igreja Matriz do Salvador.
A partir do século XV, o castelo parece ter sido gradualmente abandonado por ser um local considerado como desagradável para se habitar, pois muito ventoso e frio.
D. Fernando (1367-1383) tentou inverter a situação de abandono, tendo concedendo privilégios especiais aos seus habitantes em 1371, se bem que não que não tenham resultado, pois a fortificação continua a despovoar-se gradualmente.
Os domínios da vila e seu castelo foram doados, após a Crise de 1383-85, ao Condestável D. Nuno Álvares Pereira, tendo sido o Condestável agraciado com o título de Conde de Arraiolos, em 1387.
Entre 1385 e 1390 partiram do Castelo de Arraiolos partiram diversas expedições militares do Condestável contra Castela.

No entanto, no século XVI ainda era habitado, se bem que novas habitações vão começando a surgir nos seus arrabaldes, até que, no século XVII, o castelo e seus edifícios entram em profunda decadência e os seus materiais de construção começam a ser saqueados.
No reinado de D. João IV (1640-1656), o seu castelo recebeu obras de remodelação por necessidades estratégicas que se iniciam logo em 1640. Não obstante, não foram suficientes para travar o processo de ruína que foi ampliada pelos efeitos do Terramoto de 1755.
No século XIX , o seu Pátio de Armas chegou mesmo a servir de cemitério para as vítimas de cólera morbus que avassalou a região, em 1833.
Entre 1959 e 1963, o castelo e as muralhas de Arraiolos, foram parcialmente restaurados pela extinta Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos (DGEMN).

Características

O conjunto, integrado pela fortificação do Paço dos Alcaides e pela cerca amuralhada, apresenta planta quadrangular, com elementos do estilo românico e do estilo gótico.
O Paço dos Alcaides, localizado no troço norte da muralha, tem uma planta quadrada e é dominado pela Torre de Menagem. Esta é dividida internamente em quatro pavimentos, rematada por adarve protegido por merlões.
O muro ameado, largo e de altura regular, apresenta uma forma elipsóidal, encontra-se actualmente em relativo bom estado de conservação.
Originalmente tinha duas portas: a Porta da Vila (ou da barbacã), a Sul, e a Porta de Santarém, a Noroeste, em estilo gótico, flanqueada por dois torreões.
Parece ter havido ainda uma porta falsa ou postigo, no lado leste, onde o muro apresenta alguma ruína.
A Torre do Relógio, enriquecida com um coruchéu ao tempo de D. Manuel (1495-1521), parece ser um dos cubelos da antiga porta da barbacã, ficando o outro suprido pela grande torre de menagem.
Destaca-se, na praça de armas do castelo, a Igreja do Salvador.

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