• O Domingo é para muitos um dia difícil!

    Mas, entre tarefas caseiras, encontros familiares, ou o tempo escolhido para descansar, há sempre duas horas de que podemos dispor para nos encontrar.

    A ideia é tentar, num sítio diferente, promover o encontro para um chá ou para um café e partilhar de um sítio, tentando desvendar-lhe um pouco da sua história, escolhendo preferencialmente espaços onde possam estar filhos e pais.

    Falaremos do lugar, de um livro, de um quadro, de uma planta, de uma árvore, de um objecto arqueológico, de uma casa ou de um Museu.

    Serão as nossas «Conversas à beira de um café»

    Foto

    Fotografia José Luís Jesus Martins

    No próximo Domingo, vamos encontrar-nos junto do Jardim das Amoreiras.

    E ver o jardim cheio de tílias,onde pontua a Mãe d'Água; o Aqueduto que se solta quase voando alto noutros lugares, e a capela de Nª Senhora de Monserate da Irmandade dos fabricantes de seda. Esse jardim, que considero um dos mais belos que Lisboa ainda tem, é delimitado pelo Aqueduto das Águas Livres e está implantado sobre a Mãe d'Água, local histórico de abastecimento de Lisboa, onde actualmente se situa o Museu da Água.

    A capela de Nossa Senhora de Monserrate foi construída junto dos arcos do aqueduto pela Ordem da Irmandade dos Fabricantes de Seda, no século XVIII, e ainda podemos ver as diversas habitações do século XVIII, construídas originalmente para dar guarita aos trabalhadores da fábrica das sedas.
    Ao centro do jardim pode ver um extraordinário fontanário de forma circular, ladeado por bancos de pedra.
    Do outro lado, pode aproveitar para visitar a Fundação Árpád Szenes-Vieira da Silva, instalada na antiga fábrica das sedas.

    Ali, bem perto, na Travessa das Sedas, fica a Casa do país que me viu nascer, a Casa de Angola, onde histórias tantas se contam pelas vozes de poetas que ali ainda ecoam, como Agostinho Neto, Alda Lara, entre tantos mais.
    Ainda hoje, com cheiros de África no Rés-do-Chão, pode saborear-se uma refeição de Angola.
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    ET: Obrigatório levar uma máquina fotográfica ou, para quem não a tenha, outra forma de registo, a exemplo de um simples caderno e caneta.