quinta-feira, abril 3

O HOMEM é um animal apaixonado, Teixeira de Pascoaes

Amar é dar à luz o amor, personagem transcendente.

Aforismos, Teixeira de Pascoaes

6 comentários:

Anônimo disse...

Recorrente é a tua paixão.

Um dia gostaria de conhecer quem de ti consegue tão plena entrega.

A Lusitânia disse...

Quem sabe venhas a conhecer, sim.
Quando finalmente tenha um corpo e um nome que eu possa nomear

Anônimo disse...

O homem é um animal apaixonado, insaciável e insatisfeito.
E tu não foges à regra. Também és uma mulher apaixonada. As lavas do teu vulcão é que podem, porventura, estar a escorrer por encostas geladas.
Um abraço.
adriano

A Lusitânia disse...

Respeitar os silêncios, as paixões, os lugares que elas ocupam, independentemente das valorações que sobre possamos fazer, é uma qualidade dos que se dizem ser amigos!
Não ter capacidade dos amigos, paralelamente quente, mas capaz do distanciamento de quem não tem posse, é uma ambiguidade que não consigo entender!
Voilá, as grandes paixões nem sempre têm que escorrer as suas lavas por suaves e confortáves encostas.
Senão não haveria poetas!
E eles têm sempre essa enorme vantagem de nos fazer sonhar... de nos fazer reinventar o Mundo.

Anônimo disse...

Só queria deixar um pequeno reparo, tendo em conta a abrangência, neste caso, da expressão encostas geladas.
Não me queria referir, embora possa ser assim entendido, às encostas onde se situa o vulcão. Era a outras encostas que, mergulhadas em gelo, saiam ilesas das lavas vulcânicas.

A Lusitânia disse...

Toda a vida vivida acaba por deixar cicatrizes. A única questão é se as marcas, os sulcos terão tido o sentido que lhes atribuímos.
Mas viver é isso, aprender cada dia a ser cada vez mais leal com ela (a vida), mesmo que nos magoe, ser convicto de que vale a pena vivê-la com convicção. Foi a mensagem, clara, pequena e forte do Teixeira de Pascoaes.
Senão perderemos a poesia que nos faz ainda sobreviver, repito-o.
E assim nunca cederemos às enconstas que, aparentemente mornas, escondem tantos outro alçapões.
Continuou convicta que a palavra, o poema, tudo salvará e mesmo o maior dos gelos acabará por degelar.
Quase me apetecia falar do livro infantil «Rainha das Neves». Mas porque demasiado sagrado para mim, não tem agora aqui lugar.
Um dia lhe voltarei.