segunda-feira, dezembro 28

Amor-próprio (reed Julho)


Sem o amor-próprio nenhuma vida é possível, nem sequer a mais leve decisão, só desespero e rigidez.

Uma certa vaidade transcendente e delicada é um elemento sem o qual não poderíamos viver. Como um espelho curvo, ele pinta-nos um universo cujo centro animador somos nós próprios; sem ela, sentimo-lo, a nós próprios nos precipitaríamos nas trevas, onde o mundo já não existe.
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Hugo von Hofmannsthal, Livro dos Amigos

4 comentários:

Anônimo disse...

Vi que sensuraste um comentátio meu a um que fez alguém de nome Paulo. Espero que não o faças desta vez.
Apenas dizia que sim, que não me importaria de conhecer quem te sabe apreciar.
A este espaço voltarei, voltarei sempre, porque todos os dias tens coisas novas para eu ver. E disso não vou prescindir, quando, ainda por cima, te vejo tão arredada de nós!

A Lusitânia disse...

Certamente haverá locais mais próprios para troca de correspondência entre vós, desculpar-me-ás.

António disse...

'Amor-próprio' tem-se e não se tem, consoante a 'química'..
Já me vi sem 'Amor-próprio' na pancada duma paixão - e chamei-lhe "diluição do Eu no Amado" - e senti-me quase sem Identidade própria.
Sangrei - mas gostei.
Até ao momento em que me camou de 'solipcista' > concordei !!
...E num ápice, me reestruturei !

A Lusitânia disse...

António, para além do aspecto confessional do seu comentário, julgo haver aqui alguma confusão, pois o amor-próprio não se trata de uma questão de química, mas de controlo racional sobre as nossas atitudes.
Parece, também, desculpe-me a sinceridade, querer manifestar umas leituras apressadas de psicologia e de filosofia!
Congratulo-me, contudo, com a reestruturação de qualquer visitante deste blogue, mesmo que lamente não lhe poder identificar o perfil!