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Sempre se conheceu o vento de Junho,
nessa orla, que regougava nas esquinas
da casa à noite e nas manhãs ansiosas
em que voltava a aragem matinal
deixava irremediavelmente os frutos
a juncar a terra e os atalhos.
E sempre se lamentaram as velhas pancadas
do vento, no seu ritmo marítimo, a exaltação
a que nos levava, permanentes povoadores
da costa. E para lamentar dizíamos
as palavras usuais e alguns suspiros
próprios da insónia de ouvir o vento.
Fiama Hasse Pais Brandão, Obra Breve
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