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Canto a noite
calo o grito, morderia os lençóis
Alvos? Não, que neles mora o que sou
o suor, o choro que não chorei, mas que neles se derramou.
Canto os sonhos que matei,
mas, ainda assim, todos os dias, os que inventei
as histórias que em insónias abertas consegui imaginar
canto-te a ti, apenas porque te criei
Veias, que as segurem garrotes
pois nelas corre sangue capaz de explodir
derramando-se em cálices que teus mantos mancharão
Canto-te a ti noite que tragas os minutos
onde se segreda a ânsia a oiro gravada
de tudo fazer renascer
Sonho-te a ti ainda, por entre as minhas mãos
e por tal não pedirei autorização a nada ou a ninguém
A ti ainda PP.
Um comentário:
Que bonito Filomena!
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