De acordo com informação dada à Lusa (21 de Agosto) , as ruínas romanas de Miróbriga (Santiago do Cacém) vão ser classificadas como Monumento Nacional, no âmbito de um processo de reavaliação dos monumentos do Alentejo.O processo de reclassificação de Miróbriga vai ter início em breve, podendo, no entanto, a decisão "demorar algum tempo", explicou à agência Lusa o responsável da Direcção Regional da Cultura do Alentejo (DRCALEN), à margem de uma reunião que decorreu em Santiago do Cacém.
Classificadas, desde 1940, como Imóvel de Interesse Público, as ruínas romanas de Miróbriga serão o primeiro sítio arqueológico alentejano reclassificado.
O estatuto de Monumento Nacional vai ser alcançado no âmbito da reavaliação a fazer aos 40 monumentos sob gestão da DRCALEN, que se prevê seja iniciada "em breve".
"São classificações, na maior parte dos casos, feitas há várias décadas e que não obedecem a critérios científicos", justificou José do Nascimento.
Outro monumento que poderá vir a ser reclassificado é o Cromeleque dos Almendres, Imóvel de Interesse Público localizado no concelho de Évora, exemplificou o director regional, ressalvando que a decisão ainda não está tomada.
No caso de Miróbriga, José do Nascimento salientou que a reclassificação é uma medida "clara" para a DRCALEN, visando dar "uma maior importância ao sítio arqueológico".
"É um monumento que merece essa reclassificação, sem qualquer dúvida", frisou.
Ainda relativamente a estas ruínas romanas, está em curso uma negociação entre a DRCALEN, o município de Santiago do Cacém e a Liga dos Amigos de Miróbriga no sentido de estabelecer um protocolo de parceria para a gestão conjunta do sítio arqueológico.
Para o efeito, têm-se realizado diversos encontros e reuniões, a mais recente das quais hoje naquela cidade do Litoral Alentejano.
O director regional referiu ainda à Lusa que a DRCALEN está a instalar gabinetes de Actividades Sócio-Educativas, Associativismo e Voluntariado em todos os monumentos da região.
Miróbriga terá sido habitada, pelo menos, desde a Idade do Ferro, partilhando as características das cidades provinciais romanas.
As ruínas são compostas por um fórum com um templo dedicado ao culto imperial e um outro possivelmente dedicado a Vénus, além de uma zona comercial ("tabernae"), uma hospedaria e termas, com zonas de banhos frios e quentes.
O aglomerado urbano é atravessado por calçadas de xisto, que uniam os vários núcleos, além de uma ponte.
A cerca de um quilómetro do sítio arqueológico, encontram-se as ruínas de um hipódromo, destinado a corridas de carros puxados por dois ou quatro cavalos.
O sítio possui um Centro de Acolhimento e Interpretação, onde está patente uma exposição permanente sobre o local.
Informação a partir da Agência Lusa
Um comentário:
Bem tinha lido eu... e enviei-te um link da notícia. Qualquer coisa positiva... é uma pequena coisa positiva (assim como na vida sabemos).
Bjinho
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