segunda-feira, março 24

A poesia continua no ar







O CCB hoje tinha a poesia pelos corredores, nos cantos de todas as salas .....



Ecoavam palavras até ao mar ....




A Ana Hatherly falava-nos, naquela sua escrita enigmática, feminina e iniciática.
Naquela sua pintura, música ou dança, como só ela sabe falar...



"Quem ama
não pára
percorre

o rio do sangue
a guerra íntima

Não nada nos pode consolar
do peso do amor
do peso do não-saber
do peso do divino

Transfigurados pelo desejo
fitamos as estrelas

deslumbrados
perscrutando

um brilho extinto
que a si próprio se escava
e aplaina

(...)

O desejo
violenta
tudo
fere
o ermo íntimo do nosso coração"


Ana Hatherly, III - A e III - B, Rilkeana, Assíro & Alvim

4 comentários:

Anônimo disse...

Bela cidade a da tua poesia ... (a Ana Hatherly saiu invertida)

Victor L. disse...

Obrigado pelo poema de Ana Hatherly.
Boa Páscoa.

A Lusitânia disse...

Gonçalo, sim dei conta. Obrigada. E já consegui editá-la como deve ser.

A Lusitânia disse...

Victor, obrigada pelos teus sons.