quarta-feira, outubro 9

Anéis: o Infinito brilhante na nossa mão? (adaptado de Janeiro de.2008)















Todo o círculo do mundo será pequeno para o que há a criar.

Os anéis são círculos de pertença. De vinculação.
Juntos perfazem o 8, o Infinito.
São o Eterno nas nossas mãos: cada um em sua mão.

Nas minhas mãos havia dois anéis: um do trabalho, oferecido por quem me queria bem.

Outro, de longuínqua origem, representava os afectos e, mais do que eles, uma certa forma de Fé, uma dorida crença de todas as coisas indizíveis, mas que não deixam, mesmo assim, de ser reais.

Mas agora estão livres e libertas de anéis as minhas mãos. Assim as quero.
Não os deitarei ao rio, poderia tragá-los o mar.

Apenas os porei a salgar.

E talvez um dia, caminhando sem medo ou sedução, encontre o oito infinito que há que criar, partes iguais, pois é esse apenas o Lugar a procurar, ciente, no entanto, que até os anéis se têm que conquistar!

E nem todos me cabem ou quero na mão!
















Se pudesse agarraria o Infinito com ele inventaria uma morada, morna, quente: a arquitectura do Eterno, pois dela está construído o 8.

Mas não, agora quero apenas e simplesmente poder viver!

Quero apenas fios de seda para tecer.












Nas ultimas fotografias, um dos lugares que mais gosto de visitar em Lisboa, manhã cedo, antes de ir trabalhar.

5 comentários:

Paulo Percheiro disse...

espero que sim meu grande amor........

A Lusitânia disse...

Sempre esperei que essas «Paragens» tivessem um nome, um lugar.
Mas é verdade, Cigano, às vezes não há lugar que os caiba que não o do vento.

A Lusitânia disse...

que vos caiba

bettips disse...

As mãos do vento, sem pátria nem paragem... nem paragens, a não ser a de esperarmos outro descanso.
Vela que se veja e não queime.
Bj

Anônimo disse...

Apesar de ser uma reedição, apenas te posso dizer que é muito bonita essa imagem do oito infinito. Que o saibas encontrar pelas tuas mãos. Ouro para ti, talvez platina, mas infinita, sim!