quarta-feira, maio 8

A Fátima Barata (Tita), uma das mulheres da minha vida hoje a história que vou contar (reed.2012)

De novo, à Tita, minha irmã, porque hoje começa realmente para mim o mês Maio.






Tita, minha doce irmã ... lembras-te de, um dia, teres encontrado entre as gavetas de família uma enorme carta escrita pelo nosso pai, uma longa história de vida?

Recordas-te ainda da emoção que te causou?
E da tranquilidade que, ao mesmo tempo, nos invadiu?

Pois, há sempre histórias que temos que saber contar.
Afinal, de nós nada mais resta do que nos termos sabido narrar.

A ti, à memória de todos nós, da nossa família, dedicarei, a partir de hoje, a história que já comecei a contar.


A Tita:



Nascida a 8 de Maio de 1958, em Luanda, Angola (Temos apenas onze meses e vinte dias de diferença)

A vida toda tem estudado, ensinado, dançado, sonhando que os passos marcam compassos.
E, é verdade, com eles venceu a contrariedade dos dias.
Fez medrar duas filhas com a mesma vontade de saber que o corpo existe e que com ele é possível fazer crescer o controlo; mas também o vento soprando ...... porque dele partem os gestos e se recriam os dias.
A Tita com os seus olhos grandes e côr de mel conquista o mundo.

Divide-se entre uma Grande-Lisboa e o sudoeste do Alentejo, onde sempre sonhou poder plantar flores no jardim.

Que viva outros tantos anos mais e perto de mim!
A ela voltarei. E como prenda de anos, a Tita vai ver a filha dançar.





Fotografia de tatuagem:
Eduarda Abbondanza

5 comentários:

bettips disse...

Escavações de vidas de ouro.
Escrita que prende olhos e pensares, como seguir trilhos.
Abç

A Lusitânia disse...

Bettips, para ti um grande abraço.
Também te continuarei a espreitar.

Anônimo disse...

Popilas, foi preciso o blog para voltar a rever essa "miuda". Parece que os anos não passaram. Sei que ela deve "cuscar", aqui vai um beijinho.

Maria Roque disse...

Já vi que se interessa por História. Só dei com isto poque tenho um filho em Arqueologia.
Fui a Roma de férias e adorei. Quero voltar.

A Lusitânia disse...

A história e a arqueologia interessam-me sim. Como já tive oportunidade de dizer neste lugar, há a arqueologia do saber e a do sentir: ambas fazem a arqueologia do ser. E ao ser pertencem quer a razão, quer a emoção.
Assim é este meu Luar!
Os que dele partilham há muito conhecem-lhe a origem, o conceito e a linha que o conduz.
Como em tudo, é preciso tentar conhecer um percurso para poder entender. É essa a Arqueologia que me interessa. E não a do juízo fácil sobre o passado e o presente, que é a coisa vã.
Um blogue não é um diário, é verdade. Mas também não é uma site oficial de uma instituição. É o que cada um de nós julga que deve ser e consegue fazer!