Pôr a música que mais gostamos a tocar. Ouvir, sorrir ou chorar.
Respirar fundo ...
Dizer olá à triologia dos meus afectos: África, Norte da Europa e Helvética confederação.
Estão sempre pela manhã. E eu sei que estão, mesmo quando, estranhamente, não lhes consigo falar. Porque nem sempre o deixam os meios de comunicação ...
Ler, quando o computador me trai, invadido de vírus de proveniências tão distantes quanto os meus amores.
Nem tão pouco dá para escrever: come as letras e as imagens que hoje queria reter.
Estranhos vírus estes que até o já tão volátil que é esta nossa era virtual consegue fazer desaparecer...
Que fica afinal da memória, se nem as palavras se consegue reter?
Que fica de nós se o pensamento teima em fugir despindo-se de qualquer suporte?
E, no entanto, o corpo mantém-se, assim, físico, dormente ou doente, saudável ou possante de prazer .
Ao contrário das letras, é persistente, teimando em viver, comer, adormecer, falar e escrever e morrer.
Ao contrário das palavras que, pela manhã, se iam sumindo no computador, o corpo insiste em dizer: a realidade está aqui.
E amanhã outro dia será e, pelo certo, outro computador será invadido pelos mesmos vírus que se apossoram do meu, mas haverá sempre alguém que encontra uma forma de, ainda assim, dizer: bon jour matin!
Respirar fundo ...
Dizer olá à triologia dos meus afectos: África, Norte da Europa e Helvética confederação.
Estão sempre pela manhã. E eu sei que estão, mesmo quando, estranhamente, não lhes consigo falar. Porque nem sempre o deixam os meios de comunicação ...
Ler, quando o computador me trai, invadido de vírus de proveniências tão distantes quanto os meus amores.
Nem tão pouco dá para escrever: come as letras e as imagens que hoje queria reter.
Estranhos vírus estes que até o já tão volátil que é esta nossa era virtual consegue fazer desaparecer...
Que fica afinal da memória, se nem as palavras se consegue reter?
Que fica de nós se o pensamento teima em fugir despindo-se de qualquer suporte?
E, no entanto, o corpo mantém-se, assim, físico, dormente ou doente, saudável ou possante de prazer .
Ao contrário das letras, é persistente, teimando em viver, comer, adormecer, falar e escrever e morrer.
Ao contrário das palavras que, pela manhã, se iam sumindo no computador, o corpo insiste em dizer: a realidade está aqui.
E amanhã outro dia será e, pelo certo, outro computador será invadido pelos mesmos vírus que se apossoram do meu, mas haverá sempre alguém que encontra uma forma de, ainda assim, dizer: bon jour matin!
E terei que ter coragem para fazer o que nunca na vida imaginei ter que suportar: lembrar-me que, para além das letras e das imagens poderem desaparecer, também da pessoa que mais amámos restarem apenas parcos resíduos e ossos para arrumar num gavetão ...
E tanta força que do Céu nos conseguem ainda, mesmo assim, mandar, sem precisarem de qualquer computador!
Acordei finalmente e disse: «Filha, toca a levantar, que a escola não pode esperar!».
Um comentário:
Eu...seria incapaz de escrever um texto destes pela manhã. Só se não dormisse e ainda me madrugasse!
Um beijo para a tua manhã, amanhã.
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