sexta-feira, fevereiro 13

A propósito do «Dia dos namorados»















Talvez enciumada porque apenas tive pela madrugada uma chamada a prometer, uma vez mais, "amor eterno"; mas sem nenhum anel Cartier, ou Chaumet, ou uma oferta de amanhã ter um dia inesquecível, gozado nas melhores pousadas e hotéis de Portugal ; porque não acredito em "Dia de Namorados", pois todos os dias o poderiam ser; porque deveríamos ter sempre a capacidade de dizer AMO-TE a quem amamos de facto, e saber demonstrá-lo; porque todos os dias precisamos também de nos olhar a nós próprios, com mais atenção, e a saber aprender a gostar, cada vez mais, até de nós mesmos ...

Venho, deste modo, repudiar publicamente todas e quaisquer mensagens que me invadam (melhor, que, intrusivamente, se metam pelos meus olhos dentro) em mails, internet, cartazes publicitários ou outros meios de "comunicação" sobre a felicidade que é existir um "dia dos namorados".

Venho, também , fazer uma manifestação pública sobre a incapacidade que tenho em imaginar que a vida se construa assim por "dias" de qualquer coisa, à excepção daqueles a cujo ritual sou intimamente adepta, aderente.

- Já agora, uma questão para os publictários?
Haverá também fins de semana promissores em que o "pacote paradisíaco", feito por marcação, possa incluir o melhor namorado do mundo, para quem não o tem?
Assim, talvez, pudesse, pelo menos, aceitar que a publicidade tinha cumprido bem a sua missão e que a miragem estava mesmo à mão de todos!!!!

Por mim dispenso-a.

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