terça-feira, fevereiro 3
O vento, o Alento e o Alentejo (rred.)
Hoje lembrei-me do Alentejo. Muito. Não sei se foi porque o vento não havia maneira de sossegar.
Desse Alentejo que, para além de paredes brancas, onde se escrevem as letras do cante, e das histórias de moiras encantadas e de encantar, também tem, em certas noites de chuva e de luar, fantasmas que se querem na planura passear, invadindo voraz as searas, as melhores plantações de trigo ou de tremocilha.
Dizem alguns que já os viram, ou ouviram, que uivam como o vento, quando em árvores nodosas se vão aninhar.
Mas o Alentejo tem, para tudo isso e para o demais, umas estranhas rezas, umas lengalengas, umas benzeduras que, ditas de certa forma, os fazem afugentar.
E depois, raiando o Sol, fica apenas campo para o dia de Sol se poder definitivamente instalar.
Dos fantasmas que querm ameaçar apenas ficará um estranho e indelével rasto no chão ...
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
que bonito texto
cris
Postar um comentário