sábado, setembro 20
Mafra - da Basílica ao Convento e do Paço Real à Tapada
Depois lhe voltarei, a esse fantástico monumento, mandado fazer pela pertinácia de um rei, D. João V, ao que dizem como promessa de haver descendente real, sob traçado de João Frederico Ludwig.
Fruto da miscenação do barroco europeu com o mundo Atlântico de onde provém o ouro, parafraseando Mário Pereira que hoje tomou posse como director deste "Serviço dependente", contrasta ainda no seu interior: a opulência do Paço Real e o despojamento da zona conventual.
Com cerca de 900 quartos e salas e 300 celas, trata-se de um conjunto monumental de extraordinária riqueza e beleza.
A biblioteca, onde existem milhares de códices e livros, é uma das mais belas que conheci.
No seu interior há um habitat de morcegos, tão conservados como os próprios livros, porque se alimentam dos pequenos vermes que os poderiam molestar.
Na sala de caça real ostentam-se cabeças de veados e de javalis, bem como de outros animais que espelham uma das actividades preferidas de reis e aristocratas da época que se deslocavam à tapada de Mafra para aí poderem dar aso à sua destreza.
Sim, amanhã lhe voltarei, porque hoje já o cansaço me tolhe e quero apenas reter o que vi e senti.
Para ler(entre outros):
José Saramago, O Memorial do Convento (claro está)
Luís Filipe M. Gama, Roteiro do Palácio Nacional de Mafra, edição do ex-IPPC
António Filipe Pimentel, 2000, Arquitectura e Poder - O Real Edifício de Mafra, Livros Horizonte.
Consulta: www.ippar.pt
A ti, Mário Pereira, os meus parabéns por teres aceite coordenar a equipa deste "Serviço Dependente", conhecidas que são as dificuldades na área do Património.
Gostei muito de te ouvir falar do momumento, do espírito do lugar e dos projectos para o futuro.
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Um comentário:
Um dos passeios que era bom dar contigo..
See you!
Bjinho
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