segunda-feira, junho 9
Finalmente está Sol. Ao Papel de Fantasia e a outros portais o meu olá, pelo valor da escrita (em Português)
Tinha eu decretado, no inicío de Maio, que a Primavera já tinha começado.
Tirei, convicta, toda a roupa fresca que tinha no baú, porque sim, a Primavera ia finalmente começar.
E, como era o mês das minhas Mulheres, decidi que, mesmo que chovesse, ou fizesse Sol, a Primavera para mim estava já em Decreto Oficial, Diário da República, 2ª Série B.
Quis o destino e a metereologia que todo o mês estivesse eu com frio, nos meus vestidos de Primavera trajada. Que todo o mês de Maio a humidade me viesse visitar.
Quiseram os deuses um Maio semear de mil incertezas, ao ponto de não haver dia nenhum que não acabasse por pensar: estás louca, assim vestida, e o céu a trovejar.
Mas, teimosamente, acintosamente, não me demovi da convicção de que a Primavera tinha mesmo que chegar.
E quando trovões havia no espaço sidérico (e se tantos houve no meu! ... eu descobria as flores no quintal (que não tenho, senão na imaginação) e nos jardins, pétalas para oferecer a quem, como eu, acreditava que estava uma brisa temperada ao luar, mesmo que, quando a casa chegada, tivesse que mergulhar num banho quente para não me constipar, para não adoecer.
Mas tinha razão. Quando a Primavera tarda em chegar, temos que, convictamente, por ela saber clamar! (espero com os Índios ainda melhor me ensinem a fazer, já que, em sonho meu, os vou visitar!!!)
Chegou Junho.
Uff.. a roupa já fresca tenho para passar (tarefa árdua esta ... mas hoje tem que ser). Sim, sei que fiz bem ter decretado a Primavera, porque ela acabou mesmo por chegar.
E as palavras ficaram no ar, a dançar, nesta brisa mais quente do meu Lugar.
Ao "Fantasia no papel" o dia de amanhã, da Língua Portuguesa, porque são espaços como os dele (que nem tão pouco conheço, senão através da escrita que tive a sorte de descobrir), em que a Palavra ainda tem lugar, que nos fazem, tantas vezes, continuar a tudo recriar.
Sítios esses que não carecem de apontamento marcado, de hora de reunião inscrita numa agenda qualquer. Mas a Palavra dita têm como condição.
Outros portais também quero lembrar: a Bettips do "postigo" e do público, a Cris da Cidade das Mulheres e o Ultra, que, sendo Periférico, é do melhor que existe em Portugal!
A vós o dia de amanhã, pela crença no valor da palavra escrita e partilhada, tudo em Português.
E ... bom ... tenho que trabalhar, mas hoje o que me apetecia mesmo era mergulhar, pois o calor e boa disposição me vieram visitar.
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Um comentário:
... atrasado -como é costume (mau) aqui pelo virtual, que no real nunca faço esperar ninguém (gaba-te cesto!) aqui estou. Para agradecer a gentileza da menina que exagerou nos encómios, no que a mim se refere.
Porque os textos que debito na blogosfera a possuirem algum valor, será apenas o do prazer da descoberta que afinal, escrever pode ser (é) mais uma via de partilhar (prefiro o verbo dialogar) as palavras que temos disponíveis, com os outros.
Exagerou a menina, porque reconheço as fragilidades vocabulares que me afligem quando viajo num texto, e porque não sofro atrozmente, como deve sofrer um escritor à séria, perante o dilema da folha em branco.
Mas gostei que tivesse exagerado. Porque é sinal que sou lido por pessoas simpáticas que ... escrevem tão bem como eu e que as leio com muito prazer. Em português.
Tardou mas acabou por "chegar": a Primavera. Quem sabe se, também um pouco pela tua "teimosia", aí a temos finalmente.
Um abraço amistoso e um sorriso do
Legível.
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