terça-feira, junho 17
Estranhas formas de amar: o amor virtual ou o amor "esquizofrenico" como lugar?
sim querida, tá descansada. amanhã falamos com calma
i was looking for birds, intimity diz:
só tenho pena por causa das festas populares
mas prefiro-te cá em maio
ele diz:
pensei nisso tudo, mas não podia dizer que não
i was looking for birds, intimity diz:
eu entendo
ele diz:
talvez ainda apanhemos uns dias
i was looking for birds, intimity diz:
apenas te disse que te precisava ver, que te quero ver, para falarmos
ele diz:
daqui a dez dias já aí tou
i was looking for birds, intimity diz:
agora preciso de ti real, é verdade
.......................
ele:
podemos passar lá umas férias, junto dos deuses
i was looking for birds, intimity diz:
és o homem dos meus sonhos, o meu eterno namorado
ele diz:
gostas tanto da Grécia
i was looking for birds, intimity diz:
podes crer
ele diz:
ou é só de vez em quando?
olha hoje quero ver-te. pouco mais tenho para te dar
i was looking for birds, intimity diz:
Não quero nada. Não quero mais nada. Só a verdade.
ele diz:
vamos fazê-lo, vamos conversar com calma querida
..............
i was looking for birds, intimity diz:
quando vens?
ele diz:
querida não sei se segunda se terça. na segunda confirmo.
se já estiver
i was looking for birds, intimity diz:
amo-te ainda
ele diz:
tambem eu querida
olha querida vou ver sei notícias da viagem,
vai descansar, depois digo-te.
i was looking for birds, intimity diz:
mas diz-me que não silenciarás
ele diz:
até amanhã. amo-te
..............
...........
i was looking for birds, intimity diz:
quase te imaginava de viagem de novo
ele diz:
dizia-te, sabe-lo bem
..............
i was looking for birds, intimity diz:
já partiste? estás a ver o mar?
não, aterraste na superfície lunar, já perdeste, de novo, o sinal!!!!
..............
............
Como pode o virtual acentuar os processos de esquizofrenia?
Ou não, talvez nos possa libertar das tensões do "real"?
Voltarei ao tema, uma vez que situações como a que, apenas para exemplificar, acima tentei recriar (qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência, porque, como disse, trata-se tão somente de fruto da "imaginação") estão, por um lado, a agudizar situações de duplicidade psicológica, que merecem alguma reflexão, pois podem vir a ampliar essas mesmas fissurações, crentes que estejam os intervenientes que reinventam, efectivamente, numa outra "realidade" ;
Por outro lado, as relações vituais conferem a possibilidade de encontrar/viabilizar um lugar desprovido da carga de responsabilidade do dia-a-dia, podendo projectar os seus utilizadores, como num sonho bom, para mais felizes realidades/irrealidades.
E conheço casos que parte da plenitude da vida se alcança através do virtual, tanto a afectiva como mesmo a sexual.
Apenas importaria saber se os pares destas virtualidades sabem (ou não) que estão a participar de um jogo que tem que ter regras iguais. Ou que já não estão a confundir o real e o virtual!
Porque se assim fosse, bom ... que mal teria então???
Irrealidades sempre as houve, afinal. É como escrever uma boa história ou longas cartas que não se sabe se algum dia chegarão ao destino. É ser escritor a quatro mãos, como num concerto de piano.
Só que nem sempre estão ... e assim o sereno virtual torna-se somente uma prisão, impossível de "regulamentar"!
Ao tema voltarei, sim, porque este espaço em que tudo pode viver, em tudo se pode apagar, vale a pena ser muito seriamente pensado.
Aliás, como este blogue que amanhã se pode findar. Assim, apenas com um clicar num botão ... e a memória dele se esfumará!
Como será então a memória Amanhã?
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