quinta-feira, junho 5

Ainda não é desta que a minha terra natal vou visitar



Ainda não é desta que inalarei o cheiro doce da terra quente que me viu nascer.
Só se pisa o chão sagrado depois das libações.
Um dia irei, certa como estar aqui.
Nem que para isso te tenha que ceder o resto das vírias que ainda tenho nos braços.
Sim, irei, depois das libações. Primeiro há que do templo saber tratar.

Irei, um dia, segura como estar aqui.
Até lá.

Como diz o mais belo fado de Portugal que a nossa diva Amália soube cantar:

«Povo que lavas no rio
E talhas com o teu machado
As tábuas do meu caixão.
Pode haver quem te defenda
Quem compre o teu chão sagrado
Mas a tua vida não».

Um comentário:

Anônimo disse...

Se é à nossa terra natal que te referes (julgo reconhecer o mar da fotografia) terei que concordar.
É grande e bela demais e o seu chão, o seu cheiro só se podem ter com a alma suficientemente clara para tudo poder "sorver".