quinta-feira, outubro 30
A azinheira e o sobreiro.
Ao Alento, ao Alentejo
Abraçaram-se um dia. Nunca mais se separaram.
A bolota, alimento fértil, engorda os porcos. A do Alentejo é considerada tão boa que de Espanha vêm cada vez mais "pata negra" engordar-se com tal pitéu.
A cortiça climatiza casas, e serve para a construção, como vi em casas da Serra do Cercal totalmente edificadas dessa matéria-prima, enrolha os melhores vinhos do mundo ... e ainda enriquece os grandes proprietários do Alentejo.
A azinheira ensombra, em dias quentes, criando "campo" para as refeições dos trabalhadores, para os "piqueniques" e para as refeições da Pascoela, quando as famílias assentam dias a comer os restos do borrego e cilarcas assadas na brasa.
Em Portugal, Vieira Natividade foi o grande estudioso de tais tratados da natureza.
Por sua vez, a mulher, Irene Natividade, heroicizou-os em sublimes tapeçarias, algumas das quais ainda se encontram expostas no Museu da Nazaré.
Alcobaça, por sua vez, homenageou-os aos dois.
Nunca me hei-de esquecer dos exemplares à entrada da Gruta do Escoural, lugar de segredos e de espera para os visitantes que aguardam a visita às gravuras pré-históricas.
Nem destas azinheiras que ficam atrás do que já foi o meu quintal.
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