quinta-feira, dezembro 18
Jibran Khalil Jiran (1883-1931)
cala-te meu coração! o espaço é surdo.
cala-te, meu coração! carregado de soluços
o mail alto céu não transportará
nem as tuas canções nem os teus cânticos.
cala-te porque os espectros da noite
não sabem que fazer do murmúrio dos teus segredos
e diante dos teus sonhos passam,
sem um olhar, as trevas em procissão.
cala-te! o espaço está pesado com um odor de morte.
ele não beberá o teu alento.
meu coração, cala-te até ao amanhecer,
porque àquele que a manhã espreita paciente
a manhã lhe dará o beijo da paixão.
Trad. Adalberto Alves
im Rosa do Mundo, Assírio & Alvim
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