sexta-feira, dezembro 19

O balanço do ano: O humor como lugar: «As histórias do meu amigo João mais que Tudo que está, afinal, no país da Alice (III)» (reeditado de Maio).

À Mariana, porque a realidade supera a melhor das histórias







A Alice saltou a barreira da concentração e foi a correr atrás do coelho.
E o coelho encontrou tantas coisas mais.
Passou pela rainha zangada que, por tudo e por nada, cortava cabeças e disse-lhe: vê lá se andas menos mal disposta, porque senão quem te parte a carola somos nós.

Depois viu a lagarta a fumar uns charros e pediu-lhe um pouco e deu à rainha má que, afinal, até gostou e passou a sorrir.

O meu amigo João que tão contra as rainhas e outras quejandas do mesmo estilo era, até acabou por com ela simpatizar.

Veio por aqui a voar, contou-me com um sorriso de louco a história da rainha de copas (porque sabe que as histórias se têm que contar a alguém que seja capaz de entender) viu as cartas viradas do avesso e pôs-se a andar.

Não sei se no encalço do coelho, se do gato que desaparecia sem deixar rasto, mas ia, ia sim, a alucinar.

Certamente a Alice a história vai continuar. Porque o conto ainda não terminou.

E eu para a ilha dos sonhos vou partir, porque o sono está a chegar e, em Maio, ao contrário de alguns, a ilha dos Amores não pude visitar!

Mas sei que a história da Alice está por terminar. Ou será desta vez a «Alice do outro lado do espelho»?.

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