sábado, dezembro 20
Flores novas nas jarras (reeditado a partir de 27 de Junho)
Quem se lembra da Mary Poppins?
Pois é, a uma dada altura, fartas as "bábás" de estar naquela casa de loucos, de pai metódico e friamente profissional e de mãe sufragista, cantando músicas e dançando com as empregadas, mas com pouco tempo para os filhos, decidem os meninos traquinas dar ao pai, o Sr. Banks, num papel escrito, o perfil da ama que consideram ideal.
Claro que o pai rasga o papel, tal lhe pareceu estapafúrdio o dito perfil, queimando-o na lareira.
Mas, para grande espanto do pai, a Mary Poppins aparece, com a sua sombrinha mágica, apresentando-se com o papel a ler o perfil (que havia sido queimado) na mão, ao ponto de o pai ficar a alucinar.
Porque me lembrei disto? Porque, para além de tanto gostar do filme, romance de dois mágicos que se encontram quando o vento está de feição, saltando linhas invisíveis, para o outro lado de lá da vida, para o mundo da magia, onde tudo pode acontecer, porque me lembrei afinal disto eu?
Já sei, porque imaginem só o que me aconteceu... uma das jarras que eu tinha partido em mil pedaços na última fotografia que tinha do Scolari em casa, como referi em edição anterior, apareceu ontem inteira na sala, com o respectivo par e, para maior espanto meu, havia rosas vermelhas dentro delas.
Bolas, será que tenho que deixar de ver filmes infantis? (Vou pedir à minha filha que mos proiba de ver!)
Ou será que apenas tenho mesmo que me deixar levar pela magia que a vida afinal tem?
É que há tantas coisas que só a magia consegue explicar!
Um dia, qualquer dia, contarei a versão mais bonita que já li da «Rainha das Neves», porque nem o Andersen conseguiu fazer uma história assim sobre a Lapónia e a sua rainha branca.
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