quinta-feira, maio 22

Entronização, Leonor de Almeida



Tenho o braço cansado,
A mão dorida, trôpega ...
Mas uma espécie de ânsia sôfrega
Ordena:
Empurrar tudo!
- Não quero, nem passado,
Nem presente,
Nem futuro! -

O braço faz de muro,
A mão abre caminho, coerente ...

Quero uma estrada cá dentro ... lisa, plena,
Para a tua palavra mágica, profética,
Bela e magnética,
Passear livremente,
E demoradamente!...
(Antologia da Poesia Portuguesa
1940- 1977, 1º Volume)

2 comentários:

Alberto Oliveira disse...

... vim ler e só me atrevi a deixar um comentário no post anterior.

bettips disse...

Hei-de vir. Neste momento e desde há meses (em outro ano foi...Odrinhas...) que "museu" tem a ver com o que descobri ou vou descobrindo.
Abç