domingo, novembro 23
Já cheira a Natal
Entre a nostalgia do já perdido, do tempo esbatido, esse tempo em que críamos que o Pai Natal vinha visitar-nos, trazido por renas lá dos lados da Lapónia (eu juro que na Filândia não encontrei nenhum, apesar dos "replicants" da rua, mas se calhar é porque apenas fui a um restaurante de Lapões e não me abeirei tanto do Norte ...).
Entre as perdas dos que amamos e as distâncias que vão das crenças às realidades
fica ainda espaço para a magia que a luz desperta em nós, crianças anestesiadas
no baile de brilhos que a noite traz. Esse momento que, como tantos outros momentos mágicos, poderá findar, mas não deixou de nos invadir profundamente.
(Aos meus pais que sempre foram ver as luzes do Natal!
À Mariana que ainda se assusta com os estrondos do fogo de artifício, mas que se enternece com o ambiente de Natal; à minha família; ao sonho de uma árvore ainda por montar)
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2 comentários:
Lembro-me dos tempos de criança, quando percorria as ruas da minha terra, farrrusco como todos os miudos daquele bairro, olhos bem abertos espreitando todas as montras onde ficavam os sonhos de tudo o queriamos ter e com a esperança que o Pai Natal naquele dia se lembra-se de nós. Por vezes até pareceu magia...
Obrigado Pais e "Mães" Natal.
Vou responder-te aqui, porque não sei como fazê-lo de outra forma. Sim, lembro-me das mesmas ruas do que tu, e lembro-me de trazermos as coisas para nelas partilharmos os presentes de Natal. Se me lembro, e de, por não haver frio, termos que inventar a neve com o algodão que se dava tão bem no território que habitámos.
A ti sim, obrigada, por também pertenceres ao tempo dessa magia.
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