sexta-feira, novembro 28
Jóias Reais - Parabéns também a ti Cris
Debate de Encerramento
Sábado, 29 de Novembro, 15h00
Entrada Livre
Isabel Silveira Godinho, Directora do Palácio Nacional da Ajuda, Cristina Filipe e Lúcia Abdenur, Curadoras da Exposição, Luísa Penalva , Historiadora de Joalharia – Museu Nacional de Arte Antiga, Rui Galopim de Carvalho, Gemólogo,
Cristina L. Duarte, Socióloga, Raul Boino Lapa, Antropólogo.
Moderador: Rui Afonso Santos, Historiador de Arte e Design, Museu do Chiado.
Promete-se uma visão multi-disciplinar e dinâmica sobre as jóias de autor que celebraram os 200 anos da chegada da Corte de D. João VI ao Brasil criadas por 24 artistas portugueses e 24 artistas brasileiros, onde não faltarão apontamentos do processo criativo que lhes deu origem, do contexto histórico que serviu de ponto de partida entre outras perspectivas artísticas, estéticas e sociológicas resultantes da análise deste projecto-exposição luso-brasileiro.
Relembra-se que se ainda não teve oportunidade de visitar a exposição Jóias Reais - Joalharia Contemporânea Luso-Brasileira poderá ainda fazê-lo até ao dia 30 de Novembro.
De que falam as pedras, afinal? (reed.)
E regressei a Alter do Chão
quarta-feira, novembro 26
História de Portugal, Oliveira Martins
terça-feira, novembro 25
A Arte de Viver, Epicteto
segunda-feira, novembro 24
CAUSAS DE MORTE DE D. JOÃO VI
E já que o nosso brilhante Oliveira Martins tão bem insiniua que a rainha Carlota Joaquina, casada com D. João VI, possa ter sido uma das causadoras do envenenamento do marido, vamos lá ver o que os estudos têm para nos dizer ....
O lançamento do livro "CAUSAS DE MORTE DE D. JOÃO VI", coordenação de F.E.Rodrigues Ferreira. Estudo forense efectuado sobre as vísceras daquele monarca.
é no dia 27 de Novembro, pelas 18 horas, no Museu da Cidade.
O lançamento do livro "CAUSAS DE MORTE DE D. JOÃO VI", coordenação de F.E.Rodrigues Ferreira. Estudo forense efectuado sobre as vísceras daquele monarca.
é no dia 27 de Novembro, pelas 18 horas, no Museu da Cidade.
A vida como experiência (I): O que tem a chantagem de comum com a corrupção (reed.)
PORQUE A SEMANA COMEÇOU,
MAS NEM ASSIM TANTO MUDOU COMO DEVIA MUDAR
Reedito esta reflexão após alguns episódios conhecidos sobre eventuais corrupções em empresas de Arqueologia (que em nada diferem afinal de tantas outras conhecidas em Portugal), para grande pena minha que assisto ao desenrolar de acusações e contra-acusações públicas, contra o que foram os princípios que nortearam e moldaram o crescimento da disciplina) e porque vejo ainda, doridamente, como certas formas de pressão pessoais e profissionais podem funcionar.
Independentemente do que o futuro possa vir a revelar sobre este caso, é um facto que vão sendo do conhecimento de todos nós múltiplas situações em que as pequenas (e grandes) corrupções vão minando a sociedade portuguesa e suas instituições, sem que sejam tomadas as devidas medidas para as combater ...
E, mesmo quando alguns de nós as denunciamos, quantas vezes assistimos aos casos acabarem por ser arquivados numa "gaveta" qualquer!
- Reeedito-a também como um manifesto, porque já a vida já me ensinou que há momentos em que temos que tomar duras (e doridas) decisões, obrigando-nos a escolher claramente num sentido e não noutro, motivo que originou ter perdido a paciência e tolerância para determinado tipo de formas de coerção escamoteadas, para joguinhos de pressão emocional ou profissional.
- Reedito-a ainda como um hino à vida, porque, ainda assim, há que a saber continuar, com mudanças, contrariedades, desilusões, mágoas. Ela está aí. Vale a pena ser vivida da melhor forma e da forma mais clara possível.
Também ainda reconheço o sabor amargo que pode ter, quer profissionalmente, quer na vida pessoal, o ser confrontado com ameaças verbais e escritas, seja de colaboradores ou requerentes mais "exaltados", algumas das quais chegando ao ponto de fazer insinuações sobre a nossa saúde física, melhor dizendo, sobre a vida ou morte, ou mesmo, no que respeita a aspectos mais pessoais, em que tentam enveredar pelo mesmo tipo de admoestação física e psicológica, uma coisa posso dizer:
1 - Quem usa a chantagem (ou corrupção) como arma sempre a usará, se sentir que o método acabou por resultar;
2 - Quem cede à chantagem, à pressão física ou emocional, ou à corrupção uma vez que seja, ficará sempre prisioneiro dela, porque, subjacente ao dito no ponto 1, ficará ao sabor de quem a usou e que sabe que acabou por funcionar.
3 - Não se pára a chantagem (ou a corrupção) com outra chantagem (ou corrupção)como resposta. Estanca-se, isso sim, enfrentando-a, sem medo sem pavor. Há que a saber enfrentar.
O que a chantagem e a corrupção têm em comum é exactamente o facto de se algum dia delas ficarmos aprisionados, consciente ou inconscientemente, muito dificilmente delas nos conseguirmos libertar.
Até nós próprios ficaremos acorrentados desse tipo de metodologia, privando-nos de enfrentar a vida de outra maneira.
São ambas gulosas, como uma droga, que vai querendo mais e mais, fechando-nos cada vez mais nas suas teias de maquinação.
Por isso, repito, a única forma de sermos capazes que nunca se apossem de nós, não é pactuar, entrando no seu jogo, ou de as recear, omitindo, escamoteando, efabulando com contorcionismos que cada vez se vão aproximando de tais metodologias (que apenas, como estratagema, mais não pretendem do que a isso nos querer conduzir), mas, pelo contrário, é sermos capazes de as enfrentar e de com elas definitivamente saber romper.
MAS NEM ASSIM TANTO MUDOU COMO DEVIA MUDAR
Reedito esta reflexão após alguns episódios conhecidos sobre eventuais corrupções em empresas de Arqueologia (que em nada diferem afinal de tantas outras conhecidas em Portugal), para grande pena minha que assisto ao desenrolar de acusações e contra-acusações públicas, contra o que foram os princípios que nortearam e moldaram o crescimento da disciplina) e porque vejo ainda, doridamente, como certas formas de pressão pessoais e profissionais podem funcionar.
Independentemente do que o futuro possa vir a revelar sobre este caso, é um facto que vão sendo do conhecimento de todos nós múltiplas situações em que as pequenas (e grandes) corrupções vão minando a sociedade portuguesa e suas instituições, sem que sejam tomadas as devidas medidas para as combater ...
E, mesmo quando alguns de nós as denunciamos, quantas vezes assistimos aos casos acabarem por ser arquivados numa "gaveta" qualquer!
- Reeedito-a também como um manifesto, porque já a vida já me ensinou que há momentos em que temos que tomar duras (e doridas) decisões, obrigando-nos a escolher claramente num sentido e não noutro, motivo que originou ter perdido a paciência e tolerância para determinado tipo de formas de coerção escamoteadas, para joguinhos de pressão emocional ou profissional.
- Reedito-a ainda como um hino à vida, porque, ainda assim, há que a saber continuar, com mudanças, contrariedades, desilusões, mágoas. Ela está aí. Vale a pena ser vivida da melhor forma e da forma mais clara possível.
Também ainda reconheço o sabor amargo que pode ter, quer profissionalmente, quer na vida pessoal, o ser confrontado com ameaças verbais e escritas, seja de colaboradores ou requerentes mais "exaltados", algumas das quais chegando ao ponto de fazer insinuações sobre a nossa saúde física, melhor dizendo, sobre a vida ou morte, ou mesmo, no que respeita a aspectos mais pessoais, em que tentam enveredar pelo mesmo tipo de admoestação física e psicológica, uma coisa posso dizer:
1 - Quem usa a chantagem (ou corrupção) como arma sempre a usará, se sentir que o método acabou por resultar;
2 - Quem cede à chantagem, à pressão física ou emocional, ou à corrupção uma vez que seja, ficará sempre prisioneiro dela, porque, subjacente ao dito no ponto 1, ficará ao sabor de quem a usou e que sabe que acabou por funcionar.
3 - Não se pára a chantagem (ou a corrupção) com outra chantagem (ou corrupção)como resposta. Estanca-se, isso sim, enfrentando-a, sem medo sem pavor. Há que a saber enfrentar.
O que a chantagem e a corrupção têm em comum é exactamente o facto de se algum dia delas ficarmos aprisionados, consciente ou inconscientemente, muito dificilmente delas nos conseguirmos libertar.
Até nós próprios ficaremos acorrentados desse tipo de metodologia, privando-nos de enfrentar a vida de outra maneira.
São ambas gulosas, como uma droga, que vai querendo mais e mais, fechando-nos cada vez mais nas suas teias de maquinação.
Por isso, repito, a única forma de sermos capazes que nunca se apossem de nós, não é pactuar, entrando no seu jogo, ou de as recear, omitindo, escamoteando, efabulando com contorcionismos que cada vez se vão aproximando de tais metodologias (que apenas, como estratagema, mais não pretendem do que a isso nos querer conduzir), mas, pelo contrário, é sermos capazes de as enfrentar e de com elas definitivamente saber romper.
domingo, novembro 23
Domingo, cada dia um dia (cont.)
Poesia de António Maria Lisboa
uns julgarão que é possível pôr-se uma pedra sobre as coisas e outros julgarão que não é possível pôr-se uma pedra sobre as coisas e outros ainda julgarão que é possível e não é possível pôr-se uma pedra sobre as coisas.
A Morte já foi, António Maria Lisboa
(E eu sou daquelas pessoas que acho que nem vale a pena pôr a pedra em cima de cousa alguma, porque até elas acabarão po falar)
A Morte já foi, António Maria Lisboa
(E eu sou daquelas pessoas que acho que nem vale a pena pôr a pedra em cima de cousa alguma, porque até elas acabarão po falar)
Já cheira a Natal
Entre a nostalgia do já perdido, do tempo esbatido, esse tempo em que críamos que o Pai Natal vinha visitar-nos, trazido por renas lá dos lados da Lapónia (eu juro que na Filândia não encontrei nenhum, apesar dos "replicants" da rua, mas se calhar é porque apenas fui a um restaurante de Lapões e não me abeirei tanto do Norte ...).
Entre as perdas dos que amamos e as distâncias que vão das crenças às realidades
fica ainda espaço para a magia que a luz desperta em nós, crianças anestesiadas
no baile de brilhos que a noite traz. Esse momento que, como tantos outros momentos mágicos, poderá findar, mas não deixou de nos invadir profundamente.
(Aos meus pais que sempre foram ver as luzes do Natal!
À Mariana que ainda se assusta com os estrondos do fogo de artifício, mas que se enternece com o ambiente de Natal; à minha família; ao sonho de uma árvore ainda por montar)
sábado, novembro 22
O Inumano, Jean-François Lyotard (reed.)
A domus é uma mónade: «um modo do espaço, do tempo e do corpo».
Quando mudamos de casa alteramos toda a relação do espaço doméstico, social, religioso, físico. E, até encontrarmos um novo lugar, onde se reanimem o «ritmo e a rima», andamos perdidos entre objectos sem ambiente.
Talvez por isso há sempre alguns objectos que são os últimos a mudar: para que as nossas referências não se percam totalmente.
Segundo Lyotard «A linguagem doméstica obedece ao ritmo. Contam-se: as gerações, os meios ambientes, as estações, o juízo e a loucura. A narração faz rimar o início e fim, cicatriza as interrupções. Cada um na casa encontra o seu lugar e o seu nome, e os episódios anexos. O seu nascimento e morte também se inscrevem, irão inscrever-se no círculo das coisas e das almas consigo próprias.»
Mas, também por isso, às vezes é bom mudar os deuses de lugar, acautelando, contudo, que os mesmos mantenham sempre acesa a luz que os deve acompanhar.
Uma coisa sei, nesta que é a minha, sinto-me bem, acesas as velas aos Lares.
Cada povo com o seu fado
cada povo com o seu fado
cada cigarro com a sua mão
vícios, afinal quem não os tem?
às mãos, cada um faz o que quer
os cigarros, queima-os a boca ...
antes assim, do que a língua em podridão
(este postal com desenho de Stuart foi, curiosamente, comprado em Serpa, numa boa loja de produtos portugueses,particularmente do Alentejo e mais especificamente ainda de Serpa).
je vais rêver
Ô toi, souffle éternel de l'âme indépendante,
Tu resplendis plus belle encore, ô Liberté,
Au fond de la prision où tu viens habiter
Lorsqu'un homme, en toi seule, a mis sa foi fervente.
Celui que dans les fers l'unjustice a jeté
Assure à son pays la victoire éclatante.
Plus longtemps dans la nuit il a dû végéter,
Plus haut les vents du ciel te portent, triomphante.
Ô Chillon, ton cachot est pour nous en lieu saint,
Ton pavé, son autel, où se creuse un chemin
Comme dans le gazon foulé d'une prairie.
Ces pas de Bonivard dans sa ronde infinie,
Que nul, jamais, nén vienne effacer le dessin:
C'est un appel à Dieu contre la tyrannie!
Lord Byron, Sonnet sur Chillon
dors bien fais de beaux rêves
"et honni soi qui mal y pense"
(M'a dit Pascale)
sexta-feira, novembro 21
O frio
Se alguém te fizer crer que o Eterno existe
retira-lhe as palavras, pois delas estão os dias cheios
Cala-lhe a boca vazia e oca,
porque não imagina que a morte nos espreita a cada hora.
Se o Eterno existe é no silêncio com que se inventa o amanhã.
Nas noites em que se ama, mordendo sós as mãos
e mesmo assim ser-se capaz de sonhar.
retira-lhe as palavras, pois delas estão os dias cheios
Cala-lhe a boca vazia e oca,
porque não imagina que a morte nos espreita a cada hora.
Se o Eterno existe é no silêncio com que se inventa o amanhã.
Nas noites em que se ama, mordendo sós as mãos
e mesmo assim ser-se capaz de sonhar.
Se alguém te fizer crer num Eterno pacífico e celestial, desconfia
pois até o céu é uma construção
e, tal como o amanhã, só se projecta
se se conseguir recriar o desejo.
pois até o céu é uma construção
e, tal como o amanhã, só se projecta
se se conseguir recriar o desejo.
Dia 11 de Dezembro, às 18h, na Casa de Estremoz (junto à CME).
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