EM BUSCA DA COMUNICAÇÃO PERDIDA
«Hermes-Mercúrio- A Divindade que os Gregos e, depois, os Romanos, inventaram para consubstanciar a Comunicação. A necessidade de a palavra passar de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo, de geração em geração ... Inventaram-no veloz, desejaram-no fiel. Que a comunicação deve ser rápida e a mensagem recebida há-de ter as mesmas características e as mesmas conotações que a mensagem original. De Hermes poderá ter vindo «hermenêutica», a ciência da interpretação - porque, na verdade, só é válida a palavra bem interpretada.
(...)
Compreendeu-se, porém, pouco a pouco, que o Verbo assumia relavância tão capital no quotodiano das gentes que também poderia sofrer subornos, intrigas, desvios de rotas, alterações de sentido ... E detinha farto conteúdo económico! E o Deus da Palavra e da Mensagem também se transformou, um dia, no deus do comércio e dos ladrões ...
(...)
Desde logo, pelas atrás citadas características de Mercúrio: um deus de «metamorfose», um deus do quotodiano em comunicação, um «deus» que, afinal, assume, em pleno dealbar do século XXI - o século da «comunicação global» - um significado de transcendência invulgar. Ocupou, decerto, lugar primacial no contacto entre indígenas e romanos; sofreu «interpretatio»; colheu epítetos locais ... Mexeu com as crenças, sim; mas também com os fluxos económicos, permitiu rastrear migrações, detectar o tipo de devotos ...»
José d'Encarnação
«Hermes-Mercúrio- A Divindade que os Gregos e, depois, os Romanos, inventaram para consubstanciar a Comunicação. A necessidade de a palavra passar de indivíduo para indivíduo, de grupo para grupo, de geração em geração ... Inventaram-no veloz, desejaram-no fiel. Que a comunicação deve ser rápida e a mensagem recebida há-de ter as mesmas características e as mesmas conotações que a mensagem original. De Hermes poderá ter vindo «hermenêutica», a ciência da interpretação - porque, na verdade, só é válida a palavra bem interpretada.
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Compreendeu-se, porém, pouco a pouco, que o Verbo assumia relavância tão capital no quotodiano das gentes que também poderia sofrer subornos, intrigas, desvios de rotas, alterações de sentido ... E detinha farto conteúdo económico! E o Deus da Palavra e da Mensagem também se transformou, um dia, no deus do comércio e dos ladrões ...
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Desde logo, pelas atrás citadas características de Mercúrio: um deus de «metamorfose», um deus do quotodiano em comunicação, um «deus» que, afinal, assume, em pleno dealbar do século XXI - o século da «comunicação global» - um significado de transcendência invulgar. Ocupou, decerto, lugar primacial no contacto entre indígenas e romanos; sofreu «interpretatio»; colheu epítetos locais ... Mexeu com as crenças, sim; mas também com os fluxos económicos, permitiu rastrear migrações, detectar o tipo de devotos ...»
José d'Encarnação
Lembrei-me também, a propósito de Mercúrio, do Tesouro da Lameira Larga, que em tempos muito idos estudei e cuja pátera agora faz parte dos selos editados sobre o Mundo Romano em Portugal.
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