quinta-feira, agosto 28

Ruínas de Miróbriga, Santiago do Cacém

De acordo com informação dada à Lusa (21 de Agosto) , as ruínas romanas de Miróbriga (Santiago do Cacém) vão ser classificadas como Monumento Nacional, no âmbito de um processo de reavaliação dos monumentos do Alentejo.
O processo de reclassificação de Miróbriga vai ter início em breve, podendo, no entanto, a decisão "demorar algum tempo", explicou à agência Lusa o responsável da Direcção Regional da Cultura do Alentejo (DRCALEN), à margem de uma reunião que decorreu em Santiago do Cacém.
Classificadas, desde 1940, como Imóvel de Interesse Público, as ruínas romanas de Miróbriga serão o primeiro sítio arqueológico alentejano reclassificado.
O estatuto de Monumento Nacional vai ser alcançado no âmbito da reavaliação a fazer aos 40 monumentos sob gestão da DRCALEN, que se prevê seja iniciada "em breve".
"São classificações, na maior parte dos casos, feitas há várias décadas e que não obedecem a critérios científicos", justificou José do Nascimento.
Outro monumento que poderá vir a ser reclassificado é o Cromeleque dos Almendres, Imóvel de Interesse Público localizado no concelho de Évora, exemplificou o director regional, ressalvando que a decisão ainda não está tomada.
No caso de Miróbriga, José do Nascimento salientou que a reclassificação é uma medida "clara" para a DRCALEN, visando dar "uma maior importância ao sítio arqueológico".
"É um monumento que merece essa reclassificação, sem qualquer dúvida", frisou.

Ainda relativamente a estas ruínas romanas, está em curso uma negociação entre a DRCALEN, o município de Santiago do Cacém e a Liga dos Amigos de Miróbriga no sentido de estabelecer um protocolo de parceria para a gestão conjunta do sítio arqueológico.

Para o efeito, têm-se realizado diversos encontros e reuniões, a mais recente das quais hoje naquela cidade do Litoral Alentejano.

O director regional referiu ainda à Lusa que a DRCALEN está a instalar gabinetes de Actividades Sócio-Educativas, Associativismo e Voluntariado em todos os monumentos da região.

Miróbriga terá sido habitada, pelo menos, desde a Idade do Ferro, partilhando as características das cidades provinciais romanas.
As ruínas são compostas por um fórum com um templo dedicado ao culto imperial e um outro possivelmente dedicado a Vénus, além de uma zona comercial ("tabernae"), uma hospedaria e termas, com zonas de banhos frios e quentes.
O aglomerado urbano é atravessado por calçadas de xisto, que uniam os vários núcleos, além de uma ponte.
A cerca de um quilómetro do sítio arqueológico, encontram-se as ruínas de um hipódromo, destinado a corridas de carros puxados por dois ou quatro cavalos.
O sítio possui um Centro de Acolhimento e Interpretação, onde está patente uma exposição permanente sobre o local.

Informação a partir da Agência Lusa

Um comentário:

bettips disse...

Bem tinha lido eu... e enviei-te um link da notícia. Qualquer coisa positiva... é uma pequena coisa positiva (assim como na vida sabemos).
Bjinho