Continuo a escolher o «Breviário Mediterrânico» de Predrag Matvejetich.
Era ao longo da costa
que passavam as rotas
da seda e do âmbar,
que se entrecruzavam
os caminhos do sal
e das especiarias,
do azeite e dos perfumes,
as vias dos utensílios
e das armas, das artes
e do saber, das profecias e da fé. A Europa nasceu
no Mediterrâneo.
A fabricação do azeite não é apenas um uso: é uma tradição. A azeitona não é um simples fruto: é também um culto. Muitos livros falaram do raminho que a pomba que denunciou o fim do dilúvio trazia no bico (...). Ele brilhava na chama dos candelabros de sete braços da Palestina e no cimo do farol de Alexandria (...).
P. M.
Mas a rama da oliveira foi também atributo de divindades, a exemplo da Grega Atena e, em Roma, de Júpiter e Minerva; foi a luz e seu símbolo desde tempos imemoriais, estando entre os Latinos bem visível nas suas lucernas; foi o óleo ritual e sacrificial e é com ele que se faz a extrema-unção, obtendo-se assim a Eternidade.
Sobre o Mito da Europa, com a Música de Purcel, escolho «Dido e Eneias».
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