Para acordar, um poema
Canção
Que saia a última estrela
da avareza da noite
e a esperança venha arder
venha arder no nosso peito
E saiam também os rios
da paciência da terra
É no mar que a aventura
tem as margens que merece
E saiam todos os sóis
que apodreceram no céu
dos que não quiseram ver
- mas que saiam de joelhos
E das mãos que saiam gestos
de pura transformação
Entre o real e o sonho
seremos nós a vertigem
Alexandre O´Neill,
Poesias Completas
Nenhum comentário:
Postar um comentário