Vamos conhecer Campo Mártires da Pátria, ou, como hoje soi designar-se, «Campo Santana»?
Aqui Portugal assistiu a tanta coisa: às lutas fratícidas do século XIX e ao martírio de liberais que deu origem à denominação «Mártires da Pátria»; dos Paços da Rainha, onde vivera D. Catarina de Bragança, depois de viúva, no seu «Palácio Centeno», conta-se ter sido posteriormente "coito" de Carlota Joaquina, mãe protectora do Portugal miguelista; acolheram-se conventos medievais, escondidos numa Lisboa menos exposta e centralizada.
Palácio Centeno.
O Patriarcado ainda se esconde, altivo, da rua, mas, do lado de fora, não passa despercebido o poder espelhado no imóvel. Mas na praça está o Göethe Institut, onde a Alemanha fala de programas culturais. A Galeria Momumental onde encontrava amigos meus e o "Santo", Sousa Martins, onde até eu já rezei, pedindo que aos meus devolvesse a saúde perdida.
E o belo jardim, novecentista, que substituiu a praça de touros que aí existiu, com gradeamentos de ferro fundido que permitem marcar os desníveis entre o mesmo e as ruas que acedem à praça.
Do Jardim do Torel, altaneiro, espreita-se a Baixa, o Carmo, o rio e o mar.
E no imóvel hoje propriedade da Junta de Galicia há de tudo ... e até se aprende a dançar como em Sevilha.
O Hospital dos Capuchos, onde reside tanto da história da medicina em Portugal, abraçando o que foi o Palácio Melo, tem de frente uma pequena praça com um espelho de água. Por trás, sobe a rua que foi minha e onde a minha filha viveu os seus primeiros meses de bébé.
Mas vamos também ver os patos nadando lentamente e os galos garbosos passeando-se no jardim, pelo meio de árvores magestosas que abraçam o lago.
Venham daí!
E porque a história das cidades pode ser partilhada e contada por quem a estuda, mas também por quem nela habita, cruzando olhares e saberes, histórias, relatos e contos vimos fazer-vos o repto para tentar conhecer melhor Lisboa, tendo ainda como base a ideia que os momentos de crise podem também aguçar o engenho e viabilizar o contacto entre pessoas e o conhecimento dos espaços que habitam.
As mentoras, Filomena Barata e Inez Marques a que se juntou Isabel Lousada, Luisa Amaral e Lurdes Alves, José Luis Jesus Martins, Cristina Loisão, José Vasco Pina Serrano, entre outros, resolveram denominá-la "Venha Conhecer Lisboa à beira de um café", pressupondo que em torno de encontros marcados em locais diversificados da cidade se pudessem conhecer, ao Domingo de manhã, pessoas e sítios, e assim também ir ao encontro de museus, jardins ou parques.
Falaremos também de um livro levado debaixo do braço, de um quadro, de uma planta, de uma árvore, de um objecto arqueológico, de uma casa ou de um Museu, escolhendo preferencialmente espaços onde possam estar filhos e pais.
- PUBLICAÇÕES RECENTES
- PUBLICAÇÕES MAIS ANTIGAS
Vitor Pi adicionou fotos ao álbum 17 de Fevereiro de 2013.
José Luis Jesus Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário