domingo, outubro 31
Conhecem o Grupo Excursionista "Os 31", em Santo Amaro?
Só pode ter o número máximo de 31 sócios. Mas eles tudo fazem: a manutenção do espaço e da sua abertura ao público, a organização das festas, o vinho novo que amanhã vão provar e que guardam na adega em espaço que é seu, mas, principalmente, que ambiente bom conseguem construir aos Domingos em que temos a sorte de poder partilhar dos almoços em família com arroz de pato e vinho do Dão! Bem haja quem ainda faz desta cidade um sítio bom para viver; enfim, uma cidade mais social! Refiro também que é dos poucos sítios em Lisboa onde ainda se pode participar do «Jogo da Laranjinha». E, claro está, organizam, para fazer juz ao nome, viagens de sonho para os sócios e familiares!
sábado, outubro 30
quinta-feira, outubro 28
S. Vicente e O Promontorium Sacrum (reed.)
Refira-se que este texto foi elaborado a partir de artigo com o mesmo nome, publicado na obra que tive o gosto de coordenar, acima mencionada, se bem que numa versão mais sintética com algumas alterações.
ET: Se não puder ir ao Promontorium Sacrum e estiver em Lisboa, vá à Igreja de S. Vicente ou então vá ao Museu Nacional de Arte Antiga ver o Retábulo.
Fot.: Câmara Municipal de Lisboa
Ou espreite os corvos que trouxeram o Santo, o S. Vicente, pois vão semeando ainda de Luz as ruas da cidade que os mantém orgulhosamente ao dobrar de tantas esquinas.
quarta-feira, outubro 27
domingo, outubro 24
quarta-feira, outubro 20
Que se finde hoje o dia como começou ...
terça-feira, outubro 19
Mar e mar ...
E logo mais quero ir ver este mar de tantas marés, daqui e de além, com que temos a sorte de nos poder cruzar!
E bailar pela noite fora com os fragmentos da Luz que conseguir reter
Adormecerei então, tanto e tão longamente como o fundo desse mar, onde também há restos de cor para desvendar.
sábado, outubro 16
sexta-feira, outubro 15
Afinal o que é ser mãe? À minha filha; à minha mãe (reed.)
Tantas vezes me reconheço nas expressões e comportamentos da minha filha ... nos seus gestos, como se fossem gestos meus.
E, no entanto, quase todos os meus amigos dizem que se parece mais com o pai.
Não sei bem o que uma mãe passará a uma filha ...
É certo, isso sim, que me revejo tantas vezes na minha mãe.
E, tantas vezes, observo na forma desabrida de ser da filha que gerei uma infância que foi a minha, uma forma de estar que, pese tudo o que o Tempo me obrigou a aprender, ainda me faz olhar nos olhos e pensar que vale mesmo a pena a vida ser vivida.
Tantas vezes, quase todos os dias, mesmo quando a mais profunda tristeza me invade, me lembro das palavras da minha mãe em vésperas de se despedir: "filha que bom que é ver o Sol, mesmo sabendo que hoje pode ser o meu último dia".
E, lendo ainda um pouco, ouvindo os seus CD's no hospital, até ao dia fatal, se foi despedindo, ensinando-nos, uma vez mais, uma grande lição.
Não sei, de facto, o segredo de passar o melhor que temos em nós, uma coisa tentarei: que a verdade faça parte dos seus princípios essenciais; que saiba alimentar a fonte da alegria; que saiba conviver com os seus medos e angústias ou solidões, enfrentando-os com coragem, mas sem que seja necessária a afronta.
Que não tema os afectos.
E que se orgulhe, afinal, de ser Mulher.
Foi exactamente a um Domingo, há pouco tempo atrás, porque o Tempo não tem dias, que dela me despedi. Ainda por aqui anda, bem perto de mim ... e hoje vou colocalr uma vela, bem perto de mim.
quinta-feira, outubro 14
Das mãos
ficam inscritos nas mãos cansaços
palavras que, por vezes, são vãs
mas continuarei a inventar o sonho para escrever o amanhã
quarta-feira, outubro 13
Adormecer
caminharei
imaginando o som da água que atravessa a minha cidade...
continuarei! até que a noite me venha finalmente adormecer
(A fotografia é da minha filha Mariana e foi tirada durante as viagens que fazemos, atravessando Lisboa, até chegar a casa).
terça-feira, outubro 12
Sonhos ...
enormes como cedros
que é preciso
trazer de longe
aos ombros
para achar
no inverno da memória
este rumor
de lume,
lenha da melancolia
Carlos de Oliveira, Trabalho poético
Poesia, Alberto Caeiro
Aceita o universo
Como to deram os deuses.
Se os deuses te quiserem dar outro
Ter-to-iam dado.
Se há outras matérias e outros mundos -
Haja.
Alberto Caeiro, Poesia
segunda-feira, outubro 11
Dormir ...
Bonne nuit et rêves sans reveiller ... tu d'endors et moi aussi. Vien le rêve, que la jounée m'a fatigée, mais je veux ta main pour m'endormir.
Je n'ai pas peur même d'être seule; mais je serais plus triste de ne te dire "rêve bien mon gitain": aux Alpes; au Jura; à Helsinkia; à Évora; ici, ou quand tu rêve auprés de moi...
Viens tout de suite, ta main!
Je m'en irais dormir .... toute seule ... avec la nuit
te reveiller
sábado, outubro 9
sexta-feira, outubro 8
quarta-feira, outubro 6
Sei que um dia voltarei a ver estes lugares ...
O mostrengo que está no fim do mar
Veio das trevas a procurar
A madrugada do novo dia,
Do novo dia sem acabar;
E disse, «Quem é que dorme a lembrar
Que desvendou o Segundo Mundo,
Nem o Terceiro quer desvendar»?
E o som na treva de ele a rodar
faz mau o sono, triste o sonhar.
Rodou e foi-se o mostrengo servo
Que seu senhor veio buscar.
Que veio aqui seu senhor chamar -
Chamar Aquele que está dormindo
E foi outrora Senhor do Mar.
Fernando Pessoa, Mensagem
Todos os rios vão dar ao mar (III)
Também este longínquo rio desagua no mar que é o meu, esse Atlântico tantas vezes cruzado, tantas vezes percorrido ...
Nas suas águas julguei ver seres disformes, dentes aguçando-se carnívoros, mas senti tão claro que o meu mar não tem fim.
terça-feira, outubro 5
Todos os rios vão dar ao mar ...
De novo à Cristina Duarte pela "História das Mulheres" na sua «Cidade das Mulheres»
http://acidadedasmulheres.blogspot.com/