quinta-feira, agosto 19

sexta-feira, agosto 13

Porque hoje é o teu dia: Margarida Barata - uma das minhas mulheres (reeditado)







Obrigada Margarida por existires.


Porque, mesmo longe, tens sido uma das melhores companhias que tenho a felicidade de ter.
Foi uma sorte, talvez um sinal da estrelinha que tão bem sabemos ter um lugar privilegiado do céu, que, uma vez mais, tenhas tido a possibilidade de partilhar comigo densos momentos dos últimos anos das minha vida.
Os Céus me trouxeram a ti de prenda e, por isso, nada mais me resta do que lhes agradecer. Porque, à tua forma, és uma das mulheres mais fortes que conheci.
Que te ofertem a ti o melhor que a Terra pode dar! E sei que dará.

Aos nossos Lares acenderemos, bem cedo, raiando a aurora, o fogo que é devido aos nossos ancestrais. E sei que o farei também junto a ti, nesse Atlântico Sul.

E, por tudo isso, contigo terás merecidamente, cruzado o Mar, as vírias e as terras que pertenceram a alguns deles.

Sabendo bem a força que representam para nós!

Por tudo o que ela sabe, quero deixar-lhe de novo um abraço aqui.

Margarida Barata:

Nascida a 13 de Agosto de 1958, em Angola.
Corre-lhe no sangue o meu e o da rainha Ginga e do régulo da Kissama.
De cor mestiça tem a tez e a altivez de uma Albarran.
Apresentou-se e vingou como ninguém, numa família que nem sempre soube que ela existia.
Dá hoje o nó entre os que pelo mundo se espalharam e fá-lo sem que ninguém dê conta, tão hábil em viver com as diferenças e delas tirar o seu melhor.
Toda a vida soube rir, combater, conquistar o seu lugar. E dançar, dançar como ninguém!

E quando se zanga a minha prima Guida vira uma "mulata atravessada", como ela própria diz!

É de fugir.



Resistiu a um casamento de 25 anos, alguma tortura psicológica, que soube felizmente vencer.
Contra a ameaça de tiros, soube sorrir, mesmo a tremer, fazer as malas e dizer adeus!
Viu a guerra abraçar o seu país. Com isso muito sofreu.
Criou dois filhos e um neto e todos viu estudar e crescer.
Ensinou-lhes o valor do amor e da família que, em África, ainda é um conceito essencial, mesmo nestes dias em que o Tempo se encarregou de lhe dar uma feição bem diferente do tempo em que foi educada.
Mesmo quando está só, sabe vestir o seu melhor Chanel e nele derramar o champagne que tem à mão.
Soube aprender, assim, que a família não tem só um padrão, mas que pode sempre ter um lugar. Mostrou-lhes o Mundo que no Mundo há, para que, em qualquer lugar soubessem aprender.
Olha também ela o Mundo como tudo fosse todo perto e Universal. E se o é, para pessoas que, como ela, o sabem conquistar.
Vive num sítio onde o espaço é grande e onde o planalto do melhor café de Angola e o litoral se espraia uma zona semi-desértica sem fim.
As ostras, para quem delas gosta, dizem que são do melhor que há.
E a Margarida, quando está mais triste, calça os Camper que comigo comprou e passeia-se horas junto ao mar!

É a minha rainha Ginga ...

A ela fica hoje também este meu Luar, porque não vejo a hora de a poder ir abraçar!





Fotografia de tatuagem:
Eduarda Abbondanza

quinta-feira, agosto 12

[Setúbal na Rede] - Álcacer do Sal - Caminhos arqueológicos

[Setúbal na Rede] - Álcacer do Sal - Caminhos arqueológicos

Alma ...


Quem não vê bem uma palavra não pode ver bem uma alma.


Fernando Pessoa


Dar tempo ao tempo ...



Porque, sem querer, mesmo sem querer, quantas vezes nos viciamos nos vícios de alguém!

E agora há palavras novas para inventar.

Há que deixar repousar o Luar ....



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terça-feira, agosto 10

segunda-feira, agosto 2