Numa ânsia de ter alguma cousa,
Divago por mim mesmo a procurar,
Desço-me todo, em vão, sem nada achar,
E a minh'alma perdida não repousa.
Nada tendo, decido-me a criar:
Brando a espada: sou luz harmoniosa
E chama genial que tudo ousa
Unicamente à força de sonhar ...
Mas a vitória fulva esvai-se logo ...
E cinzas, cinzas só, em vez de fogo ...
- Onde existo que não existo em mim?
..................
...............
(...)
Mário de Sá-Carneiro
Poemas Completos, in Poemário, 2008.
Cumprimento a Bettips pelo seu Maio.
2 comentários:
Obrigada:) Sou uma felizarda...
Adorei passear pelos teus espaços, com Tejo e Alentejo ao fundo.
Tb volto, claro.
Ora já tenho aqui duas amigas "cuscas" de "coisas" que sabemos, a falar... Fico feliz!
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