Que me guie a estrela dos Magos!
quarta-feira, janeiro 29
sábado, janeiro 25
sábado, janeiro 18
amores ...
há amores de conveniência
amores que convêm
e amores inconvenienetes
a vida tem de tudo um pouco!
Pouco sei sobre o tema, mas tenho cá um azar e nunca tive grandes amores pela D. Conveniência ...
Por isso poiso no fundo do mar a observar!
segunda-feira, janeiro 13
domingo, janeiro 12
sexta-feira, janeiro 10
tudo é uma questão de perspectiva
"Tanca la porta i porta la clau."!
Hoje almocei com uma amiga de velha data com quem mantenho um ritual de, pelo menos uma vez por mês, me encontrar..
Contou-me uma história que, parecendo quase anedótico/trágica, ou, aproximando-se mais do humor negro, era afinal bem real (ou, pelo menos, como tal ma narrou, testemunhando-o com prevas irrevutáveis).
Aproveitando para se passear um pouco, um certo dia, numa ruela, já doze horas de trabalho feito em cima, encontrou à porta de uma casa o seguinte cartaz:
«Vende-se moral em pacotes e mentiras, a bom preço».
Curiosa, porque nunca tal tinha visto senão à porta de certas igrejas e sacristias, decidiu entrar.
Qual o seu espanto quando se apercebeu, ao entrar na casa, que a mãe se drunfara, forte e feio, mesmo sendo sabido que lidava com pobres doentes do hospital e ainda ameaçava mandar-se desta para melhor, tendo os filhos para criar e tanto anunciando que era o seu amor maior.
Outras vezes, aliás com recorrência, os mesmos ímpetos revertiam contra as mulheres com que o que alardeava sempre ser "seu marido" tinham o azar de se relacionar, com iguais ameaças e insultos da melhor escola dos arrazoados nacionais.
O pai, por sua vez, quem sabe se para aguentar as tormentas ou a sua instabilidade emocional, emborrachava-se sempre que a ocasião lho permitia e, nas horas vagas, ainda tinha tempo livre de sobra para surfar entre todos os chats de garinas internacionais e os "pacotinhos de sorrisos", munindo-se de ervinhas e das pastilhas coloridas também muito em voga;
Salvava-o de tanta trapalhada ter fama de bom trabalhador e uns Euros na conta e, por isso, tudo o resto conseguir aguentar, mesmo os desaforos dos demais e as confusões de que era o principal actor.
Os filhos, na sua senda, iam palmilhando caminhos já por outros percorridos também. Mas, não seriam tidos nem achados na história senão por tabela, e porque, em dias de turbulência, faziam desacatos com vizinhos, e ameaçavam ciganos ou mulheres.
E ainda se dignavam insultar o pai!
Alguns outros familiares dedicavam-se (ou no passado ou ainda hoje) aos cheirinhos da "farmacopeia química" e mesmo nada tradicional
Teve vontade de fugir.
Saiu rapidamente e, de saída, arrancou à porta o cartaz que ali a fizera entrar.
Mas ainda conseguiu ouvir os gritos ameaçadores da família que, em coro e agora já esquecida das dezavenças, ou porque a conveniência se lhe sobrepõe, a insultava, dizendo "sua ladra, vieste aqui para roubar o nosso cartaz de propaganda", entre tantos outros impropérios mais.
Respirou fundo, virou as costas sem olhar sequer para trás, continuando a caminhar.
Tranquilizada já do que assistira, tal filme de Almodôvar, pensou, de si para si, como era tão fácil pôr à porta um cartaz vendendo moral à vizinhança.
Foi serenemente à Igreja mais próxima e viu que, já nem ali, a moral, se vendia hoje com tanta falsidade e a desbarato e acabou por sentar-se rezando a pensar «o que faz os pobres humanos serem afinal assim»?
Regressou a casa. e fechou a porta muito devagar e reflectiu, «aqui estou tranquila no meu lugar habitual e, mesmo quando a crise aperta, cartazes à porta a vender moral de pacotilha ou mentiras a granel, não obrigada».
E foi finalmente descansar do longo dia de trabalho que tivera.
Passou lá uns tempos depois, à porta havia um cartaz diferente e quiçá bem mais realista que dizia: «Aqui vende-se cantorias, tintóis e outras porras mais ...»
Moral da História: «não queiras vender gato por lebre», pois já ninguém o vai comprar.
«Cada um vê o argueiro no olho do vizinho e não vê a tranca no seu».
«Quem tem telhados de vidro não atira pedras aos outros (ou para o ar, conforme prefiram)».
Os maiores pregadores da moral e da verdade para os outros são tantas vezes os que mais querem esconder as suas mentiras.
(Obrigada Luísa, pois sei que tendo que lidar com tudo isso no teu trabalho, ainda consegues ter humor para as histórias que bem sei que são reais e continuar a olhar o Céu e a fazer-me sorrir. E um brinde à vida!
Tudo o resto, como bem me ensinaste, são PPT!!!
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segunda-feira, janeiro 6
Os Reis Magos
- Desenho Marta Iglesias.
Não, não são reis, mas Magos. Os detentores do Saber. Os Adivinhos.
A designação “Mago” era dada, entre os Orientais, à classe dos sábios ou eruditos, embora a palavra também fosse usada para designar os astrólogos.
Assim poderão ser sábios astrólogos, membros da classe sacerdotal de alguns povos orientais, como os caldeus, os persas ou medos.
Só muito posteriormente, a Igreja lhes atribuiu a designação “Reis”, em virtude da interpretação do Salmo 71,10.
Quanto ao número e nomes dos Reis Magos são apenas suposições sem confirmação histórica, sendo a sua atribuição posterior aos Evangelhos: Baltasar, Gaspar e Belchior (ou Melchior).
Belchior (ou Melchior) seria o representante da raça branca (europeia) e descenderia de Jafé; Gaspar representaria a raça amarela (asiática) e seria descendente de Sem; por sua vez, Baltasar representaria a raça negra e descenderia de Cam, embora, ao que parece, esta ideia apenas tenha surgido no século XVI.
Estariam assim representadas todas as raças bíblicas e as únicas conhecidas na altura: os semitas, os jafetitas e camitas.
Pode então dizer-se que a adoração dos Reis Magos ao Menino Jesus simboliza a homenagem de todos os homens na Terra ao Rei dos reis, curvando-se perante Cristo com a sua divina realeza.
Em termos simbólicos, há quem defenda que a imagem dos Reis Magos simboliza que os os poderosos e abastados devem curvar-se perante os humildes, despojando-se dos seus bens e colocando-os aos pés dos demais seres humanos, ou seja, devem partilhar a sua fortuna com os mais pobres.
O Dia de Reis celebra-se a 6 de Janeiro, partindo-se do princípio que foi neste dia que os Reis Magos chegaram finalmente ao Menino Jesus, motivo porque, em alguns países, é no dia 6 de Janeiro que se entregam os presentes.
Os presentes dos Magos, que nunca as Sagradas Escrituras dizem que eram apenas três, foram ouro, incenso e mirra.
Obviamente esses presentes têm imensos conotações simbólicas.
Diz Mateus 2:11 "E, entrando na casa, acharam o menino com Maria sua mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas: ouro, incenso e mirra".
O Ouro simbolizava a perfeição divina e dignidade real, portanto, é natural que o Envangelho se lhe refira como tratando-se de Jesus, o Rei dos judeus.
Mas em Alquimia, atingir o Ouro é chegar à perfeição individual. Um longo caminho até o alcançar.
Incenso era um perfume, usado nas cerimónias purificadoras.
Mirra, a a erva amarga, remete-nos aos sofrimentos e amarguras que Jesus iria sofrer e que o Homem em geral tem que ultrapassar.
Presenteando o que consideravam ser Filho de Deus vindo ao mundo, os sábios do oriente reconheciam em Jesus a Divindade eo Rei, mas destinado a sofrer para atingir a perfeição e com ela contagiar os restantes humanos. Ou seja a ter uma caminho inciciático.
A Estrela, essa Estrela d'Alva, é a LUZ que nos guia.
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