sexta-feira, novembro 27

E agora que venha o espanta-espíritos para me ajudar ...

Porque outro Sul vou ter que imaginar ...

Se puder, mesmo com o tempo chuvoso, vá ouvir falar da História do Alentejo Litoral



e oiça falar do Sado e das gentes que congregou ...

E regresse pela Península de Tróia

Chama-me o Sul ...

O Sado, o Alto e o Baixo ...
Sentir o vento em contra-mão!
Caminhar para o Sul, no Sul.

O GRITO (reed. NOV. 2011)




Hoje acordei a gritar ... tanto, tanto que o som se esgueirou pela janela tomando fôlego e, atravessando o céu, foi embater numa montanha.

Com ela ecoou o meu grito, transformando-o na música serial que todo o dia se ouvirá, até que do grito se faça apenas um som remoto ...

Porque acordei a gritar?
Porque há dias em que o corpo faz o que a alma pede, e não vale a pena chorar; apenas gritar tão alto quanto se pode para que gulosas sangussugas agarradas às nossas veias não nos consumam mais o corpo já esgotado !!!

Hoje gritei, gritei, gritei ...
Foi um grito aberto, o som que me acompanhará, até que, na noite, dele se escute somente a melodia.
Estou certa que ela virá e comigo entoarão tantas outras vozes mais, deixando a noite cair em paz!
Porque há tanta vida para continuar ...

quinta-feira, novembro 26

Um amigo (reed.)



Num daqueles dias de outono, em que nos queima a vermelha labareda de folhas, um amigo pedia que lhe contasse uma história. «Salva-me a vida, conta-me uma história». E eu recordei aquela mulher das Mil e Uma Noites, que encadeava, com doçura e desespero, uma história na outra, pois só a história infinita nos permite escapar à maldição da morte.
Um amigo é uma história que nos salva.


Mário Rui de Oliveira, O Vento da Noite
in Poemário 2008

....

Ao amigo que, mesmo longe, me acompanhou ...

Será por aqui que mora o Eterno?

à memória de meu pai.
Deixarei hoje o mundo dos sinais
vou entregá-lo às mãos sem palavras; sem gestos
vou ofertá-los à vela que arde desde cedo neste Luar

Ou noutro lugar qualquer?

vou deixar a luz escorrer por entre os vitriais
sílica, chumbo e outros metais darão ao dia a sua forma, o seu lugar
pois com restos vi o que é morar num lugar qualquer ...
mas ainda assim viver para além da terra, para lá do mar.

Está na altura de tratar dos Lares ...



e com eles sossegar
dar-lhes finalmente a Paz que merecem
num lugar qualquer, nesse Espaço sem Princípio nem Fim ...

HUMANIDADE


Lançamento a 3 de Dezembro, na Sociedade de Geografia

Convulsivos são os tempos das decisões e das acções ...

























por isso há saber calar, morder as mãos até doer
cerrar fileiras
até que o vendaval acabe por passar
e a luz se instale finalmente
e a pedra redescubra a sigla
e o vitral a sua cor.

Sim está no tempo do silêncio!
E de estar atenta aos sinais.

A Basílica da Estrela ... e a Luz




(...)

e passam horas

durante as que da rua

ouvindo vozes turvas

eu ficarei teimando

na claridade a todo o preço

..

de que me falam aves

Fernando Assis Pacheco, A Musa Irregular
..


e de que me falam os deuses, diria eu!

quarta-feira, novembro 25



«Ah, o grade cais donde partimos em Navios-Nações!
O grande Cais Anterior, eterno e divino!».


Fernando Pessoa, Ode Marítima

Esta Lisboa que eu amo ... Alto de Santa Catarina





Ali, mesmo ao lado de Santa Catarina, onde o olhar avista o rio e a "outra-banda" lavando-se em lágrimas de prazer, fica o Calhariz, arrabalde que era na época medieval, fora da cintura amuralhada fernandina, onde a partir do século XVII se vão instalando palácios e igrejas.

O Calhariz e Santa Catarina já estavam hoje em festa, esperando com cheiro a manjerico e cravos versejantes os Santos que não tardam a chegar.

domingo, novembro 22

Bom resto de Domingo ...

E para hoje Domingo, recomendo a leitura da entrevista de António Angelillo


NOVALIS, Fragmentos (reed.)


«Toda a descida em nós mesmos é simultaneamente uma ascensão, uma assumpção, uma vista do verdadeiro exterior».

Novalis cit. in Diário 2008, Assírio & Alvim

sábado, novembro 21

Mas se conseguisse, juntava à poesia um pouco do café da amizade de Aosta ...

Posted by Picasa

Ainda um pouco de poesia: a Casa Fernando Pessoa ...

Lançamento do livro «Dança dos Demónios»







Na Fundação Mário Soares, dia 24, pelas 18h 30m
A não perder a sua leitura!!!! Porque ainda há tanta intolerância em Portugal ...

Sossegar ...

Está na hora de descansar....

Guardar o segredo que o meteorito enterrado deixou no quintal em frente ao meu!

Deixar a brisa do Norte entrar, lembrando o Alento ... e ver o dia a crescer.

O fim de semana é para tratar dos Lares ...




Voltaria ...


A ver este lugar onde o dia se encontra depressa com a noite ...

como voltaria a fazer tudo o que fiz e sonhei

se fora este o dia derradeiro, tudo teria sido igual

certa de que nada tem princípio nem fim ...

sexta-feira, novembro 20

Marcha Mundial das Mulheres


Quando a vida nos parece querer pôr de pernas para o ar ... (reed.)


não há nada como fazer o pino, aproveitar bem o balanço e tornarmo-nos a pôr de pé!
...
Pintura: João Salema
Hoje este quadro vai mudar de lugar.
Obrigada João por esta pintura que me acompanha há vinte anos!

Hello Maria João Salema (again)


De 3 de Dezembro 2009, 10 h
a Sábado, 6 de Dezembro.
The Ice Palace
1400 North Miami Avenue
Miami, FL

Marta Wengorovius (again)


Feira Internacional de Lisboa, até 29 de Novembro

Sabia quem foi Rita Levi-Montalcini???





Hoje consegui fixar-me num mail que me enviaram.

Daqueles em cadeia.

Porque retive o que dizia esta mulher!
A partir de Google.

quarta-feira, novembro 18

A vida e obra de Carolina Michaëlis de Vasconcelos, na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra

Escritora, crítica literária, filóloga, foi a primeira professora universitária em Portugal, na Universidade de Coimbra que agora a homenageia.Exposição bibliográgica e documental.
Remeto, de novo, para
http://acidadedasmulheres.blogspot.com/

Noite




Há sempre vozes na noite
ditando a cada luz
as palavras que quero dizer

Álvaro Lapa (sim, sempre!)





















" O Amor e as outras actividades de relação serão públicas e tribais.
Eles serão reis e elas rainhas".

Álvaro Lapa, Obras-com-palavras, Assírio & Alvim