domingo, maio 31

Maio, Maio meu



Finda-se o Maio

mas para ele fica ainda o abraço, o poema e o ramo de flores que guardei para vós.
«Não acabarão nunca as minhas flores, não acabarão os meus cantos.
Eu, cantor, levanto-os,
e eles espalham-se,
são flores que murcham e amarecelem
e são levadas para longe, para a dourada mansão das plumas.
Já amadurecem as flores: troquem-se por roupagens e jóias,
ó princípes: mostram o rosto luminoso, irradiam;
só na primavera colho a flor amarela.
Já amadureceram as flores nas faldas da montanha!».
Versão de Helberto Helder
Aztecas, América
in a Rosa do Mundo, Assírio & Alvim

Maio 68


O que foi que dele ficou?
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ATELIER ABERTO JOANA VILLAVERDE (PARA RELEMBRAR)







Durante o dia, às horas de expediente normais da vida. Quando a Fábrica ainda está fechada, quando ainda não há pessoas só dois gatos. Estou lá eu fechada no meu buraco, no meu local de trabalho. É durante a noite que a fabrica vive. É para viver também a movida da fábrica que abro o meu atelier dois dias por mês durante um bocadinho da noite. Dar um bocadinho do que posso e do que tenho à Fábrica.

Work in Progress, Colectiva na Braço de Prata




Na Braço de Prata a música estava no ar ...

mas fora, na esplanada, era onde se estava, sem dúvida, melhor ...

curioso, contudo, este grito!

Let´s walk







sábado, maio 30

E oiça Gloria de la Cruz para acompanhar o seu Sábado

http://www.youtube.com/watch?v=HmJlBMCjDng

Presentes



















Que haja flores no Maio meu e fotografias feitas livro desta nossa Lisboa.

sexta-feira, maio 29

E porque Maio está quase a terminar ...

http://www.youtube.com/watch?v=ZEk_Js20ZT4


Aqui vai «Aquele Maio», Xaile

O fim de semana vai começar

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E a cidade ribeirinha vou aproveitar

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Combo João Fazenda, de João Paulo Cotrim





O quinto volume da colecção Prémio Stuart, uma edição El Corte Inglés/Assírio & Alvim, será apresentado por Nuno Artur Silva, no Corte Inglês.
A não perder.
João Paulo Cotrim nasceu em Lisboa, em 1965. É membro da equipa do projecto "Gulbenkian/Casa da Leitura e assessor do Centro Cultural de Belém. Dirige com André Carrilho o projecto Spam Cartoon.
Guionista para filmes de animação («Algo importante», com João Fazenda; «Um degrau pode ser um mundo», com Daniel Lima; «Diário de Uma Inspectora do Livro dos Recordes», com Tiago Albuquerque) e autor de, entre outros, «André Carrilho – O Rosto do Alpinista», Assírio & Alvim, 2007 (ensaio); «Salazar – Agora, na Hora da Sua Morte», com Miguel Rocha, Parceria A. M. Pereira, 2006 (bd); «Stuart – A Rua e o Riso», Assírio & Alvim, 2006 (ensaio); «Tango», com ilustrações de Murai Toyonobu e fotografias de Rafael Navarro, Afrontamento, 2005 (ficção); «Fotobiografia de Rafael Bordalo Pinheiro», Assírio & Alvim, 2005 (ensaio); «Travessa do Calado», Novo Imbondeiro, 2003 (ficção); «Nós Somos os Mouros», com vários autores, Assírio e Alvim, 2003 (bd); «À Esquina», com Pedro Burgos, Campo das Letras, 2003 (bd).
Escreveu, ainda para a infância, entre outros, «A História Secreta de Pedro e o Lobo», com João Fazenda, Assírio & Alvim, 2007; «A Árvore que dava olhos», com Maria Keil, Calendário, 2007; «Canção da Onda, da Rocha e da Nuvem», com Tiago Manuel, Afrontamento, 2005; «Viagem no Branco», com Miguel Rocha, Afrontamento, 2004; «O Homem Bestial», com Maria João Worm, Afrontamento, 2004; «História de um Segredo», com André Letria, Afrontamento, 2003.
Dirigiu desde a sua abertura, em 1996 até 2002, a *
Bedeteca de Lisboa. Comissariou inúmeras exposições. Foi director do Salão Lisboa de Ilustração e Banda Desenhada.
Dirigiu a Lua Cheia, foi redactor na Cosmopolitan e no programa Escrita em Dia, na SIC
, assinou crónicas na TSF , colaborou em inúmeras publicações, nacionais e estrangeiras. Foi coordenador editorial da Ler e editor de ficção e ensaio da Ícon. Colaborou com o programa Sociedade das Belas Artes, da SIC Notícias. Foi cronista no jornal Expresso.
Citado a partir de Wikipédia.
E, aqui para nós, uma particularidade tanto gosta do Alentejo ...

Tucanas no Teatro da Luz "Tempo perguntou ao Tempo"

http://www.youtube.com/watch?v=-7okj5X5LlY

Com um beijo à Sofia P. pela lembrança.

Versos para ser caluniado


«Debrucei-me esta noite sobre o teu sono.
Dormia o corpo casto sobre o lençol
E vi, como alguém que lesses estudioso,
Ah! vi que tudo é vão sob a luz do sol!

Paul Verlaine, Poemas Saturnianos e Outros
cit. in Diário 2008, Assírio & Alvim

A vida fará deste momento a tua arte


«em ti a vida fará deste momento a tua arte»

Alberto Carneiro, citado por Alexandre Melo in
Alberto Carneiro, Assírio & Alvim, 2003

quinta-feira, maio 28

Paroles, son sempre paroles d'amore: à Paulinha





À Paula que também é do Maio meu.


Como há exactamente um ano atrás não foi possível contactar um grande amigo meu, nem ele a mim, por motivos relacionados com perdas temporárias de rede na Madeira, tendo-me apenas conseguido enviar esta fotografia através de um pombo correio que a trazia com uma mensagem a acompanhar, aqui a edito, de novo, mas, desta vez, para a oferecer à Paula Lourenço que também é do Maio meu, porque com ela aconteceu este ano exactamente o mesmo, no dia do seu aniversário. Para que a consiga ver quando no Funchal as redes estiverem melhores.


À ela, Ana Paula Lourenço, pelo humor que consegue pôr em tudo, mesmo nos dias difíceis ou em que, quase afónica, consegue fazer o seu programa «Falar de Saúde» na Rádio Funchal.


Para ti um ramo de flores.

Se quiser ouvir falar de Saúde e Bem Estar vá ao Jornal da Madeira - www.jornaldamadeira.pt - Edição Online



Jornal da Madeira - www.jornaldamadeira.pt - Edição Online


Porque a Ana Paula Barata Lourenço vai por lá estar a conversar !

Um dia também lhe dedicarei uma edição maior neste Luar.
Bem gostaria de a poder visitar!

ET: Peço-lhe desculpa pela fotografia desactualizada, quando fazia jornalismo por outros lugares, mas é a única que tenho.

quarta-feira, maio 27

YouTube - 十面埋伏 琵琶 pipa pop rock hit 琵琶


http://www.youtube.com/watch?v=JtrthXXmKgA


Fotografia de tatuagem: Eduarda Abbondanza



Obrigada Eduarda por ma teres dado a conhecer.

Escavação / reed.



Numa ânsia de ter alguma cousa,
Divago por mim mesmo a procurar,
Desço-me todo, em vão, sem nada achar,
E a minh'alma perdida não repousa.

Nada tendo, decido-me a criar:
Brando a espada: sou luz harmoniosa
E chama genial que tudo ousa
Unicamente à força de sonhar ...

Mas a vitória fulva esvai-se logo ...
E cinzas, cinzas só, em vez de fogo ...
- Onde existo que não existo em mim?

..................
...............
(...)


Mário de Sá-Carneiro
Poemas Completos, in Poemário, 2008.

Cumprimento a Bettips pelo seu Maio.

À Natália Correia, hoje, de novo. E através dela a todas as Mulheres sem medo de o serem.





















«(...)
Segura do infinito a carne aberta
Atrai o sangue que corre para a verdade
Procuando na jóia mais secreta
Do corpo a inicial da eternidade»

Natália Correia, «Mátria», in Antologia Poética, Dom Quixote.

terça-feira, maio 26

Porque haverá necessidade de inscrever ou gravar o amor?


Lembrei-de, de novo, de um dos melhores ensaios que li «Fragmentos de um Discurso Amoroso» de Roland Barthes sobre as várias formas de olhar e viver o amor.
E pensei, o que fará, de facto com que queiramos inscrever em versos, em braços tatuados, pedras insculpidas ou árvores gretando suor esta nossa dimensão do amor????

Poesia Inglesa, Fernando Pessoa





















Nasceu cego o pensar sabendo o que é ver.
Contornos e formas, por tacto sentindo,
A forma sugere como algo do ser
Na treva errante o tacto vestindo.

Mas como o tacto, adivinhando, ensina
Que ele é só senso vazio e detido?
Como é que o tacto à mente confina
Inteligência no vero sentido?

A coisa omitida, uma vez tocada
Na memória está, sabida e real;
Assim a lembrança do toque ajustada

Ao senso sentido, onde a coisa dista
dada pelo tacto, falso-certa e tal
Que o tacto mensal não vê, mas a Vista.

Fernando Pessoa in Assírio e Alvim

segunda-feira, maio 25

Não, a minha morte ou a minha alma não te darei

http://www.youtube.com/watch?v=IqmHjLx_cQw

http://www.youtube.com/watch?v=83b_KNcduOk

mas, sim, esta canção!

Museus e Património ... em família



Domingos das 10 às 13
“Museus e Património … em Família”



«O Ministério da Cultura, através do IMC e do IGESPAR, está a organizar o Programa “Domingos das 10 às 13 – Museus e Património … em Família”, apresentando actividades culturais, lúdicas e pedagógicas, dirigidas a crianças e jovens, entre os 3 e os 16 anos, acompanhados por familiares adultos».

31 de Maio, Lisboa,Torre de Belém
Breve descrição: Após uma visita orientada à Torre de Belém, as famílias completam um puzzle de grandes dimensões do monumento, solucionando pequenos jogos relacionados com os diferentes espaços visitados. No final fazem uma actividade de recorte e colagem em que criam a sua própria torre em papel.

O programa detalhado pode ser consultado em www.imc-ip.pt/domingos e http://www.igespar.pt/
citado a partir de http://www.igespar/

Para continuar a pensar em Arqueologia ...


Hoje o Luar tem mais brilho: parabéns à Joana, uma das minhas sete mulheres





Faz anos uma das minhas últimas mulheres de Maio, a minha sobrinha Joana.

Joana A. N.

Nascida a 24.05.1988
Psicologia foi a devoção e opção de trabalho também.

Meiga, cedo aprendeu que a vida tem as suas rasteiras, por isso se tornou mais decidida e forte.

Dança desde nova; sempre viu a mãe fazê-lo.
E acabou por saber que, para o corpo ser corpo, é preciso saber usá-lo também.

É a primeira das netas, das mulheres daquela geração.
E a nossa Joana.

Há rio e mar e há ir e voltar

sexta-feira, maio 22

E se quiser ouvir falar de Arqueologia com o Sado de fundo ...



Vá neste fim de semana até Alcácer do Sal.
Mas imagine o caminho da Infanta D. Maria, visite Tróia, a Carrasqueira, os fornos do Pinheiro e o sítio fenício de Abul antes de chegar a Alcácer.




Em Salacia oiça falar de Arqueologia (reed.)


































Salacia foi sempre um "tampão" ... quem a controlasse tinha na sua mão um rio, o estuário, o mar por perto e a serra por trás de si.

Já de ocupação pré-romana (lembro o escaravelho que denuncia trânsito orientalizante); as orantes e os guerreiros da Idade do Ferro e as lindíssimas cerâmicas de bandas pintadas), Roma tornou-a ainda mais forte. Uma cidade plataforama.

A Idade Média, quer a islâmica, quer a cristã consumaram a necessidade de assumir aquele território como fonte inesgotável de recursos e como sítio estratégico para qualquer dominação.

As Clarissas, séculos mais tarde, deram-lhe uma feição mais contemplativa, ficando delas rosários e contas, cruzes, linhas de bordar e doces que ainda hoje se podem provar em Álcacer do Sal

Em 2008, inaugurou a cripta arqueológica do castelo, podendo visitar-se agora as estruturas arqueológicas e os objectos trazidos aos nossos dias pelas escavações aí promovidas nas últimas décadas.

Esperemos que todos que a visitem consigam ter deste local a boa impressão que ele me causou.

E que venham a ler o roteiro: «Castelo de Alcácer do Sal - Cripta Arqueológica».

Cumprimento a equipa que acompanhou o projecto e o consórcio da Administração Central com a Autarquia que permitiu a viabização do programa. Estão, para mim, todos de parabéns.

Num local privilegiado como o castelo de Alcácer, de ocupação milenar, deseja-se que o aproveitamento turístico (que a Pousada aí construída pode ajudar a consumar) dos vários pólos museológicos de Alcácer possa contribuir para que esta região tenha, de novo, um papel axial.


E que o Sado que banha a cidade seja o seu lugar central!

Se fôr a Alcácer, aproveite e visite a cidade romana sua vizinha, Miróbriga, Santiago do Cacém, de onde se controlava também a Serra e o Mar.


http://mirobriga.drealentejo.pt/


http://mirobrigaeoalentejo.blogspot.com/



ET: Aproveito este lugar para fazer uma homenagem aos arqueólogos que trabalharam durante anos em Alcácer, designadamente António Cavaleiro Paixão, Esmeralda Gomes, Frederico Tatá (a que a exposição da cripta do castelo tanto devem) e, em particular, a João Carlos Faria que tão cedo nos deixou e que tanto dedicou à sua terra natal.


À Marisol pela coragem que tem demonstrado e por ter sabido fazer da perda uma recordação permanente, arrumando gavetas e continuando!